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Meditação a favor da saúde

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Última atualização em 29 de julho de 2021

Prática tem  eficácia comprovada para a saúde física, mental e emocional

Quando se pensa em meditação, já vem à mente alguém sentado com as pernas cruzadas, olhos fechados, num lugar silencioso.

Essa referência, muito difundida pelos praticantes de ioga, é apenas uma entre milhares de maneiras de se meditar. Hoje, os especialistas mostram que é possível meditar caminhando, em meio a outras pessoas, no trânsito ou mesmo em um hospital.

Reconhecida pela ciência, a meditação tem sido adotada no tratamento de doenças como câncer, hipertensão, problemas digestivos e dores.

“A religiosidade e o misticismo eram barreiras para a prática, mas atualmente temos muito mais informações confiáveis. A ciência e as tradições espirituais dialogam mais, e a neurociência tem um papel central nessa nova relação. Há 15 ou 20 anos, as práticas da meditação eram consideradas formas de escapar da realidade ou simplesmente oba-oba. Hoje ajudam a lidar melhor com a dor e proporcionam melhor qualidade de vida a muitos paciente”, compara Stephen Little, um dos pioneiros na aplicação das práticas meditativas na área da saúde no Brasil.

Estudos em universidades americanas evidenciam que a técnica contribui para baixar a pressão arterial, reduzir a produção dos hormônios do estresse – o cortisol e a adrenalina – e estimular a de enforfinas, neurotransmissores do bem-estar, que têm o efeito de um analgésico natural, auxiliando na prevenção de doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral (AVC). O “mau” estresse também é um inimigo do sistema imunológico, mas meditando, reduz-se a tensão e se melhora o metabolismo de defesa do organismo.

Como meditar

Medita-se quando se ativa a mente, concentrando a atenção no momento presente.

“Todas as técnicas são autoaplicáveis e visam ao chamado relaxamento da lógica, e para isso se utiliza de um artifício de autofocalização, a âncora. Pode ser um ponto na parede, a atenção na respiração, um som. Sempre haverá um foco para o qual se voltará toda vez que se perceber o envolvimento nas correntes de pensamentos”, explica Roberto Cardoso, professor do Curso de Especialização em Medicina Comportamental da Unifesp.

O que parece simples pode não ser fácil, mas é uma questão de treino.

Nossa mente nos põe em contato com o passado e com o futuro, estimulando planos que geram ansiedade, medo, estresse. Estar com a atenção focada no momento presente é o maior desafio para quem medita.

Nesse processo, o corpo e a mente passam a ser aliados, numa sintonia que leva a um relaxamento profundo. Durante a meditação, o cérebro produz mais ondas alfa, associadas ao relaxamento, e o metabolismo reduz suas atividades, com menor consumo de oxigênio e queda dos batimentos cardíacos, ingressando num estado de repouso, como se o ato de pensar fosse desconectado. No caso da dor, por exemplo, é nesse estágio que o paciente consegue se desligar dela, mesmo sabendo que ela existe.

“Quando meditamos, o funcionamento do nosso cérebro começa a se alterar. Em seguida, altera-se a química do cérebro. Depois, a química do corpo. Nas etapas seguintes, vão se alterando as formas de funcionar tanto do cérebro quanto do corpo. Todos entendem quando dizemos que o corpo precisa de descanso para poder melhorar seu desempenho. O surpreendente é que quase ninguém entende que a mente também precisa de descanso para render melhor”, observa Cardoso. Meditar leva a um estado natural e diferente da vida louca que conhecemos hoje.

Meditação no tratamento do câncer

Qualquer pessoa pode aprender a meditar, e entre os usos terapêuticos da meditação, bons resultados têm se verificado entre os pacientes oncológicos, como a redução dos efeitos colaterais da quimioterapia: náuseas, vômitos, insônia e inapetência.

 

 


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3 Comentários
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É somente a meditação da observação da Respiração que faz entrar no estado Alfa…?

Quero que apague meus comentários…

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