No dia 6 de novembro aconteceu, no Rio de Janeiro, a nona edição do Fórum…
Pacientes com doenças do sangue precisam de doação contínua para seguirem com tratamentos
Campanha ‘Saia de casa só se for para fazer o bem’ quer aumentar estoques em hemocentro após baixa durante pandemia de coronavírus
A quarentena em decorrência da pandemia do novo coronavírus fez com que os estoques dos hemocentros de todo o Brasil ficassem abaixo do normal. A situação tende a se complicar com a restrição da circulação de pessoas.
Milhares de pacientes com talassemia, que é uma forma grave de anemia, e em tratamento de alguns tipos de câncer, como leucemias e linfomas, precisam receber transfusões sanguíneas constantes para sobreviver.
Além disso, pessoas com outros quadros como tromboses venosas e arteriais, doenças hemorrágicas, hemoglobinopatias, mieloma múltiplo e outras gamopatias precisam de uma quantidade significativa de sangue e de maneira contínua.
Para estimular a doação de sangue e informar os cuidados necessários aos doadores durante a pandemia do coronavírus, a Abrasta – Associação Brasileira de Talassemia, a Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia e a ABHH – Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular lançam a campanha “Saia de casa só se for para fazer o bem”.
A iniciativa destaca que é possível doar sangue, mesmo com as orientações de isolamento social. Um portal reúne informações sobre locais que recolhem sangue em diversas regiões do Brasil e é possível agendar para evitar aglomeração. Para conferir o mapa dos endereços, clique aqui.
Os hemocentros são locais preparados e higienizados para receber grandes públicos e, em tempos de coronavírus, disponibilizaram esquemas especiais para evitar aglomerações e manter distâncias seguras entre os doadores. “Queremos mostrar que doar sangue é seguro e que há milhares de pacientes que necessitam deste ato de amor”, afirma Merula Steagall, presidente da Abrale.
“Agende sua doação contatando o hemocentro mais próximo. É importante termos um contingente constante de doadores para garantir assistência hemoterápica de qualidade e em quantidade suficiente”, ressalta o médico hematologista e hemoterapeuta José Francisco Comenalli Marques, vice-presidente da ABHH.
São mais de 70 instituições monitoradas pela Abrale que precisam de ajuda. No site da campanha, será possível acompanhar informações específicas como tipo sanguíneo que os bancos mais necessitam.