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Homem com leucemia ganha ‘vida nova’ após receber doação de medula do irmão: ‘renasci’

Fisioterapeuta recebeu transplante em dezembro, e no 1º dia deste ano, teve a notícia da ‘pega da medula’

O fisioterapeuta Thadeu Gomes, de 37 anos, ganhou uma “vida nova” após o irmão, o educador físico Fábio Gomes, de 36, doar a ele sua medula óssea. Thadeu foi diagnosticado com leucemia, e passou por quimioterapia por meses, até descobrir que o familiar era 100% compatível com ele para o transplante.

A família é de Santos, no litoral de São Paulo. No meio do ano passado, o fisioterapeuta estava jogando futevôlei com colegas quando, logo no aquecimento, já sentiu muita fadiga. “Eu senti uma fadiga absurda, parecia que tinha corrido uma maratona. Estava exausto logo de começo, e ali já reparei que tinha algo errado. Só que tomei uma água e continuei jogando por 1h30, mas sempre dando uma parada por conta do cansaço”, conta.

Após não aguentar mais jogar, devido ao cansaço, ele retornou para casa e seguiu o dia normalmente, indo, inclusive, ao trabalho. Porém, durante a noite, teve febre alta e dores de cabeça. Após uma semana, os mesmos sintomas persistiram, e a esposa dele o orientou a ir ao médico.

Eu fui ao médico em julho, fiz exame de sangue e voltei para casa. Mas, em menos de uma hora, o laboratório me ligou falando para eu retornar com um acompanhante, porque o médico precisava falar comigo. Chegando lá, o doutor me disse que eu estava com leucemia, e o tratamento seria quimioterapia e transplante. Na hora, eu não acreditei, desabei”, diz.

Em seguida, ele já foi transferido a um hospital particular na cidade, onde iniciou o tratamento e realizou seis ciclos de quimioterapia, já se preparando para um possível transplante. Durante o tempo de quimio, ele relata que passou por grandes dificuldades, devido à fragilidade e necessidade de se afastar do trabalho.

Porém, no decorrer do tratamento, a família descobriu algo que trouxe esperança. Por meio de teste de compatibilidade de gene, foi identificado que Thadeu teria um doador 100% compatível: o irmão.

De acordo com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), a doação de medula pode ser aparentada ou não aparentada. No primeiro caso, o doador é uma pessoa da própria família, em geral um irmão ou um dos pais.

Segundo o Redome, há cerca de 25% de chances de um doador compatível ser encontrado na família. Havendo um irmão totalmente compatível (100%), este será a primeira escolha para ser um doador. Caso contrário, inicia-se a busca de alternativas para a realização do transplante.

Após saber da compatibilidade, Thadeu recebeu o transplante do irmão, no dia 17 de dezembro, e em 1º de janeiro de 2022, recebeu a notícia da ‘pega da medula’, que é o dia em que o paciente recupera as células após o transplante.

Agora, sou transplantado, e os exames já mostraram que deu certo. Eu ganhei na loteria com a doação do meu irmão. Ter essa notícia no primeiro dia do ano indiciou minha vitória, meu renascimento, a certeza que Deus me deu uma nova oportunidade. Tive a oportunidade de começar o Ano Novo com uma vida nova”, diz.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), para receber o transplante, o paciente é submetido a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula. Então, ele recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Uma vez na corrente sanguínea, as células da nova medula circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.

Agora, Thadeu segue internado, fazendo o acompanhamento após o transplante. Ele destaca que a família e amigos foram muito importantes no processo, prestando todo o apoio que precisou. Para o futuro, ele pretende ajudar pessoas que estão passando pela mesma situação, e incentivar a doação de medula e de sangue.

“Para todos que estão em tratamento, deixo a mensagem para que não percam a fé. Deus tem um propósito para cada um”, finaliza.

Doador

O Ministério da Saúde define critérios para a doação de medula óssea, como ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, repassar informações pessoais e coletar uma amostra de sangue com 5 ml para testes de compatibilidade.

As informações prestadas são colocadas no banco de dados do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, e o cadastro ficará ativo até os 60 anos de idade do doador.

Antes de passar pelo procedimento cirúrgico para doação, o doador realiza exame clínico e complementar para confirmar o estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.

Além da idade citada, o doador não pode ter doenças infecciosas ou hematológicas.

 

Fonte: G1.Globo

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