A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) está realizando as chamadas públicas…
Desafios no SUS
Ministra da Saúde, Dra. Nísia Trindade, fala sobre as necessidades do setor em evento realizado na capital paulista
O evento “Desafios do SUS e Perspectivas para o Complexo Econômico e Industrial e Saúde” foi realizado nesta sexta-feira, dia 10 de março, na FIESP, em São Paulo, e contou com a participação da Ministra da Saúde, Dra. Nísia Trindade.
Dra. Catherine Moura, Médica Sanitarista e CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e Luana Lima, coordenadora de políticas públicas da organização, estiveram presentes no encontro, organizado pelo COMSAUDE e CBEXs.
As diretrizes para a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) terão como foco prioritário a redução das desigualdades sociais e ampliação do acesso à saúde pela população mais pobre e vulnerável, no Brasil.
Dra. Nísia destacou a importância do momento para a retomada do papel do Ministério da Saúde na coordenação nacional das políticas públicas do setor.
“Temos a necessidade de fortalecer o pacto interfederativo e o diálogo intersetorial, incluindo a participação da sociedade civil, sobretudo no âmbito do Conselho Nacional de Saúde e suas conferências”, falou a ministra.
Ela também mencionou a imersão nos problemas estruturantes do SUS e nas ações de melhoria dos indicadores de saúde em nível nacional, que já vêm sendo realizadas pelo atual governo.
Assim, reafirmou o compromisso público de sua gestão em atuar para a recomposição orçamentária do sistema público de saúde e com a construção de programas de recuperação pós-pandemia para tratar dos gargalos, represamentos de exames e cirurgias que ocorreram com a emergência sanitária da COVID-19, e adicionou o olhar sobre ter mais profissionais de saúde na rede e principalmente na Atenção Primária para dar conta dos desafios dos cuidados de saúde da população.
Nísia defendeu retomar um caminho de industrialização em bases sustentáveis no Brasil, considerando os pilares social, econômico e ambiental, e frisou que não desenvolver um complexo industrial e econômico para a saúde significaria aumentar as vulnerabilidades em saúde existentes.
“Nós temos, no caso dos fármacos e medicamentos, uma vulnerabilidade e um desabastecimento, que é sempre uma preocupação no início de Governo. Grande parte desse trabalho é no sentido de evitá-los.”
Algumas das propostas e diretrizes para o desenvolvimento do complexo são: situar a saúde como uma das prioridades na política de desenvolvimento sustentável; estruturar o Ministério da Saúde para viabilizar a implementação de uma nova visão, com foco no fortalecimento do Departamento de Ciência e Tecnologia e Inovação, na Conitec e na gestão.
Outra proposta é garantir a estabilidade e transparência para o uso estratégico do poder de compra do Estado e promover a convergência dos instrumentos de financiamento, incentivos fiscais e tarifários, com o apoio à produção local à inovação e isonomia competitiva e tributária.
Fonte: Comunicação Abrale