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Saiba tudo sobre o que é o transplante de medula óssea, feito por Fabiana Justus

Influencer foi submetida ao procedimento e agradeceu a pessoa que fez a doação

A empresária e influenciadora Fabiana Justus, de 37 anos, foi diagnosticada com leucemia, um tipo de câncer hematológico, em janeiro deste ano, e, desde então, tem compartilhado o tratamento contra a doença nas redes sociais. Nesta quarta-feira (27), ela foi submetida a um transplante de medula óssea e agradeceu à pessoa que fez a doação.

Querido doador, ainda não podemos nos conhecer e nem saber quem somos… mas eu já te considero tanto! Você doou sua medula sem saber para quem. Sem pedir nada em troca. Ah, se todos no mundo fossem assim… Você só soube que sou adulta e que precisava com urgência. E você não hesitou. Foi lá, fez os exames necessários e doou”, declarou.

“Ainda temos um caminho pela frente. Precisamos aguardar a ‘pega’ da medula para poder ter alta do hospital. Depois, [vou] continuar me cuidando e isolada por um tempo, fazendo bastante acompanhamento. Mas tenho que comemorar as vitórias, e a de hoje foi gigante! 27/03, dia que recebi minha nova medula! Agora peço a vocês, por favor, muita energia na nossa corrente maravilhosa de amor para que a medula pegue e dê tudo certo!”, completou.

O que significa a medula “pegar”?

“Quando a medula óssea começa a funcionar novamente (geralmente em torno de duas a três semanas após a infusão) podemos objetivar, por exame de sangue, que ela já voltou a funcionar, ou seja, houve a ‘pega da medula’ e o transplante obteve sucesso. A partir dessa análise, é possível que o paciente receba alta hospitalar. Ainda assim, o monitoramento médico continua sendo essencial, pois pode aparecer alguma complicação precoce ou tardia, relacionada ao transplante. Por isso, o contato com a equipe profissional permanece sendo importante, mesmo após a alta”, explica o onco-hematologista Breno Gusmão, médico do Comitê Abrale.

Como é feito o transplante de medula óssea?

Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), o transplante de células-tronco hematopoéticas é um procedimento utilizado para substituir a medula óssea do paciente que não funciona adequadamente porque foi acometida por doenças.

Como funciona a medula óssea?

A medula óssea, conhecida como tutano, é um tecido líquido-gelatinoso localizado dentro dos ossos, responsável por fabricar todos os elementos do nosso sangue. É na medula óssea que nascem as células-tronco hematopoéticas, que, na maturidade, passam por processo de diferenciação, tornando-se glóbulos brancos (que combatem infecções), vermelhos (que carregam o oxigênio), e plaquetas (que ajudam na coagulação). Aí, sim, estarão preparadas para serem lançadas na corrente sanguínea.

O que ocorre quando acontece uma falha na medula óssea?
O problema da maior parte das doenças do sangue é uma falha nesse mecanismo, quando essas células sofrem uma mutação (normalmente sem causa conhecida), perdem suas funções e começam a atrapalhar o sistema. É nesse momento que o transplante entra como uma opção para combater esse transtorno e repovoar a medula com células saudáveis.

O Transplante de Medula Óssea é um procedimento, entre os que possibilitam a cura para algumas doenças hematológicas malignas, benignas e também neoplasias não hematológicas e doenças autoimunes. Para alguns casos, o transplante é indicado logo no início. Em outros, essa opção só será aplicada se os primeiros tratamentos não apresentarem resultado. O especialista é quem saberá quando indicá-lo.

Quais as formas de transplante de células-tronco que existem?

As fontes de células-tronco para o transplante são: Transplante de medula óssea; de sangue periférico; e cordão umbilical.

Quem pode doar medula?

Se você quer ser um doador de medula óssea voluntário, é necessário seguir os seguintes passos:
1) Ter de 18 a 55 anos e estar em bom estado de saúde
2) Procurar o hemocentro mais próximo de você.
3) Preencher um formulário com dados pessoais e, neste mesmo dia, ter coletada uma amostra de sangue para testes que determinam as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente.

Todos estes dados serão armazenados no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Já os dados do paciente que necessita de um transplante estarão no REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea). Por meio de um sistema informatizado, será realizado um cruzamento de dados e, caso encontre doador e paciente compatíveis, ambos serão avisados imediatamente.

Hoje, o Brasil é o terceiro maior banco de doadores do mundo, com cerca de 3,5 milhões de cadastrados. Mas é muito importante que os dados sejam mantidos atualizados, sempre. A atualização pode ser feita no site do REDOME.

 

Fonte: Revista Quem

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