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Merula Steagall Awards: Projeto “Hora Dourada – Minutos que Salvam” foi o grande vencedor desta segunda edição e recebeu o valor de R$ 10 mil

Aplicado pelo Hospital do Amor, o programa visa reduzir a mortalidade de crianças e adolescentes em tratamento oncológico

câncer

A segunda edição do Merula Steagall Awards, realizada este ano, recebeu inscrições de mais de 60 projetos voltados ao combate ao câncer e às melhorias necessárias na atenção oncológica.

De acordo com a Dra. Ceyla Prado, infectologista pediátrica do Hospital do Amor e uma das responsáveis pela coordenação do programa, o Hora Dourada já vem sendo promovido há quase quatro anos no centro de tratamento, e tanto os pacientes e familiares quanto os profissionais de saúde têm um carinho muito grande e entendem a importância de sua realização.

“Este projeto visa reduzir o tempo entre a chegada da criança com febre ao hospital e o início do tratamento com o antibiótico. É necessário que as pessoas saibam que a criança quando faz quimioterapia pode ficar neutropênica, ou seja, com a imunidade baixa. Se ela estiver em casa, essa é uma emergência oncológica e precisa ser tratada com urgência”, explica.

Quando este tempo é reduzido, reduz-se também o risco de mortalidade, o período de internação e as idas à UTI. “Nosso objetivo é diminuir o tempo para menos de uma hora”, frisa a infectologista.

Um projeto, vários atores

O projeto Hora Dourada é multicêntrico e conta com a participação de mais 30 de hospitais em todo o Brasil. É coordenado pela Aliança Amarte (parceria entre o Hospital St. Jude, dos Estados Unidos, e o Hospital de Amor) e ministrado pelo Institute for Healthcare Improvement. A estratégia está alinhada com a meta da Iniciativa Global da OMS para o Câncer Infantil de alcançar sobrevida maior que 60% até 2030 para crianças com a doença.

“A primeira edição do Hora Dourada aconteceu no México. Eles conseguiram aumentar de 40% para mais 70% o tempo da criança recebendo antibiótico na primeira hora. Cada colaborativa tem uma duração de 18 meses. Nesse tempo, somos considerados tutores do projeto. Mas mesmo com o final desta tutoria, continuamos aplicando. Nós fazemos parte da segunda colaborativa”, conta a Dra. Ceyla.

O projeto contempla crianças e adolescentes com todos os tipos de câncer. A partir do critério conhecido por “hora dourada”, o paciente chega ao hospital, colhe rapidamente o hemograma e faz também um exame chamado cultura, que objetiva buscar possíveis infecções no organismo. Antes mesmo de saírem os resultados, a primeira dose de antibiótico é aplicada.

“Nós entendemos que se a criança faz quimioterapia uma quantidade específica de dias, ou a depender do tipo de diagnóstico e o tempo em que ele foi realizado, o paciente tem 99% de chance de estar neutropênico. Então, usando este critério, sem esperar o resultado do laboratório, é mais assertivo para afastarmos a possibilidade de infecção”, comenta a infectologista.

A equipe toda do hospital é envolvida na estratégia, para que os resultados sejam positivos: a recepção, a triagem da enfermagem e o médico.

“Chegamos a ficar 14 meses sem ter um óbito na Onco Pediatria. Esses resultados são muito gratificantes e promissores. Ficamos muito felizes com o engajamento de todos. E não é fácil, porque a cada nova equipe que chega, a cada novo residente, precisamos treiná-los desde o início. E orientamos a família também, para que observem os sinais febris que as crianças podem apresentar. Afinal, tudo começa na casa do paciente muitas vezes e é preciso que todos entendam a urgência do caso”, pontua.

Vencedor do Merula Steagall Awards

Em meio a tantos projetos importantes e impactantes, o Hora Doura – Minutos Que Salvam venceu na categoria “Cuidado ao Paciente” e também levou o prêmio de R$ 10 mil reais.

“Ficamos muito felizes com o prêmio. Quando vimos o troféu, fizemos uma grande comemoração no hospital. E os 10 mil reais vão nos ajudar a continuar impactando com o nosso projeto”, fala Ceyla.

Além do Hospital do Amor, também foram vencedores do Merula Steagall Awards o Instituto Ronald McDonald, na categoria Educação e Informação, com a iniciativa “Programa diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil: uma tecnologia social”, e a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Brasília, na categoria Políticas Públicas e Advocacy, com a iniciativa “Comissão Permanente de Oncologia no Conselho de Saúde do Distrito Federal”.

Fonte: Tatiane Mota – Jornalista da Abrale e Movimento TJCC

 

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