Fortalecimento da Conitec é visto com preocupação após decisão do STF sobre judicialização da saúde.…
Campanha ‘Domine o Linfoma’ promove empoderamento em favor da saúde
Objetivo é divulgar informações sobre importância do diagnóstico no tempo certo, atitude que pode proporcionar até 80% de chances de cura
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no triênio 2023-2025 serão mais de 15 mil novos casos de linfoma anuais, um tipo de câncer que pode acontecer em qualquer momento da vida. Mas a falta de conhecimento ainda é ponto de atenção no país.
Esse tipo de câncer tem origem no sistema linfático (de defesa), quando as células responsáveis por combater vírus e bactérias começam a se proliferar de maneira “errada”.
Importante ressaltar que não é uma doença única. Os linfomas são divididos em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH). A principal diferença está nas células cancerígenas que se apresentam.
Uma pesquisa realizada pela Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) em 2021, com 1.392 pacientes com ambos os subtipos, mostrou que grande parte deles nunca tinha ouvido falar sobre a doença antes do diagnóstico. Os que não tinham conhecimento sobre a doença representaram 78% dos pacientes com LH e 68% daqueles com LNH.
Para mudar este cenário e promover o empoderamento do paciente e da sociedade como um todo, a Abrale lança neste mês de agosto a campanha de conscientização “Domine o Linfoma”.
Por meio de comunicações impressas, em vídeo e nas redes sociais, além da participação do ex-jogador do Corinthians e apresentador esportivo, Neto, e também dos ex-ídolos do Palmeiras, o atacante Edmundo e o goleiro Marcos, são disseminadas informações cruciais para que os brasileiros possam conhecer os sinais e sintomas de alerta relacionados aos linfomas e buscar em tempo por ajuda na rede de saúde.
Quanto antes o linfoma for descoberto, melhores serão os resultados clínicos do tratamento. Porém, de acordo com o levantamento da Abrale, 40% dos entrevistados com LH e 51% com LNH demoraram mais de 3 meses para procurar um médico, mesmo apresentando sintomas.
Reconhecer os sinais é fundamental: gânglios aumentados e indolores (carocinhos), especialmente na região do pescoço, axila e virilha, suor noturno, febre, emagrecimento sem motivo aparente, coceira na pele, cansaço excessivo e tosse.
Chegar ao diagnóstico final ainda se mostra um desafio: 73% dos pacientes com LH, e 65% dos pacientes com LNH, passaram por vários médicos até fechar o resultado.
Os linfomas têm tratamento e, quando diagnosticados logo no início, as chances de cura ultrapassam os 80%.
As indicações vão depender de fatores como o subtipo da doença e condições de saúde do paciente. Mas atualmente as abordagens terapêuticas são feitas com quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea (na maior parte dos casos autólogo, quando as células utilizadas são do próprio paciente).
CAR-T Cell, a nova terapia genética que vem revolucionando os resultados clínicos na Onco-Hematologia, também é opção para um tipo específico de linfoma de células B.
Entretanto, ainda há uma parcela significativa de pacientes no nosso país que enfrentam dificuldades para ter acesso às terapias medicamentosas. O levantamento mostrou que 22% dos participantes com ambos os tipos de linfoma tiveram problemas para dar início à jornada terapêutica.
Na Abrale, trabalhamos em diferentes frentes para mudar este cenário apresentado na jornada do paciente com linfoma. Por meio de conhecimento e acesso à informação de qualidade, queremos mostrar à população a importância de assumir o controle de sua própria saúde.
Se você conhece algum paciente de linfoma, ou com suspeita, indique a Abrale. O atendimento é totalmente gratuito: www.abrale.org.br
Domine o linfoma e sua saúde!
Fonte: Folha de S.Paulo