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Abrale marca presença no Conahp 2023

Nos dias 18 e 19 de outubro, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) marcou presença no Congresso Nacional de Hospitais Privados, o Conahp 2023, um evento que reuniu autoridades governamentais, renomados profissionais da saúde e representantes de todos os segmentos do setor.

A cerimônia de abertura contou com discursos de  figuras influentes na área da saúde, incluindo Eduardo Amaro, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp); Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp; Denise Santos, presidente da Comissão Científica do Conahp 2023; e a Ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A Ministra Nísia Trindade destacou as prioridades do Ministério da Saúde, ressaltando a integralidade como um elemento-chave na busca por soluções para desafios como a incorporação de tecnologia, inovação, integração de dados, diálogo entre todos os setores da saúde e parcerias público-privadas eficazes. Ela mencionou o compartilhamento de dados, como os compilados pela Anahp em seu Sistema de Indicadores Hospitalares, como um exemplo de como avançar na cooperação entre público e privado.

Primeiro dia de congresso

A apresentação da primeira mesa ficou por conta de Helvécio Magalhães, secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (SAES/MS), que enfatizou a necessidade de cooperação e integração entre os setores público e privado para enfrentar as novas realidades das doenças crônicas. O debate girou em torno do tema “Um sistema de saúde no século XX que precisa atender às necessidades do século XXI: com a crescente demanda do SUS, quais as reais necessidades do Ministério da Saúde e os caminhos viáveis para a integração público-privada na saúde de forma efetiva e estruturada?”. 

O Secretário Helvécio falou sobre os objetivos estratégicos da SAES, que incluem a implementação da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, ampliando e qualificando a rede de atenção primária e suplementar. Também apresentou a Política da Atenção Especializada (Portaria GM/MS nº 1.604, de 18 de outubro de 2023), aprovado na reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) em 31/08/23. 

Também foi destacado pelos palestrantes, que a incorporação de tecnologia deve ir além das questões de custos. O foco deve ser sempre oferecer o melhor cuidado ao paciente. Novas tecnologias devem ser utilizadas para otimizar e ampliar o acesso a uma assistência de saúde de qualidade, sem comprometer a sustentabilidade do sistema

Entre os outros painéis do primeiro dia de evento, foram compartilhados exemplos de projetos de sucesso, baseados em parcerias sólidas entre os setores público e privado. Karthik Sivashanker, especialista em sistemas de saúde equitativos da American Medical Association, encerrou o primeiro dia com uma reflexão sobre a necessidade de repensar processos e sistemas para promover uma assistência adequada a todos.

Segundo dia do congresso

No segundo dia do congresso, o foco se voltou para as mudanças necessárias na saúde suplementar, abordando questões como diálogos transparentes, coleta de dados de qualidade, estratégias de longo prazo, atenção primária e educação da população sobre qualidade e segurança assistencial, além da evolução nos modelos de remuneração e a integração de dados na saúde e prontuário único do paciente.

O primeiro painel da manhã contou com a presença de Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, que discursou sobre as mudanças necessárias à saúde suplementar, apontando que o problema que enfrentamos atualmente é político-estrutural e que o setor público e privado precisam trabalhar em conjunto.

“O setor  não é capaz de promover as mudanças que precisa. Todos desconfiam de todo mundo. Hoje estamos chegando a um nível de debate com uma exposição imensa. Existe um projeto, uma  iniciativa, de uma CPI do Plano de saúde, para investigar as relações entre operadora e prestador” Paulo Rabello

Renato Casarotti, presidente da Abramge, também apontou que os problemas são multifatoriais e as soluções acabam sendo indefinidas, acredita que um ponto que deve ser debatido e priorizado é a incorporação de tecnologias.

“O setor privado esta fragmentado por muitos setores, e esta perdendo a capacidade. O MS perdeu a capacidade de pautar o debate mesmo pautando o que falta. A ANS não é obrigada a fazer mais do que cumprir a legislação e cumprir a regulamentação, mas poderia avançar mais ainda no sentido de ser um campo neutro” Renato Casarotti

Vanessa Teich, diretora de Economia da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein,falou sobre a falta de confiança no setor suplementar e primário devido a desinformação e medo:

“Não conseguimos sair do mesmo lugar, vamos conseguir sentar na mesa e cada um colocar seus objetivos em discussão? Tratamos o fato de trabalhar na saúde como algo nobre, as empresas precisam ser sustentáveis e ter  financiamento” Vanessa Teich,

Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp, apresentou uma pesquisa que vinha sendo realizada durante o evento, sobre a percepção das pessoas na saúde suplementar e primária. No que se refere à saúde suplementar, Antonio Brito enfatizou que tudo que estava sendo apresentado como deficiência e problema, era algo que todos já sabiam há muito tempo, mas indagou o por que ainda não há mudanças?

Os resultados preliminares da pesquisa apontaram que, para 82,51% dos entrevistados, a saúde suplementar enfrenta uma forte crise, e o caminho para a retomada do crescimento sustentável exige mudanças profundas. Nesse sentido, 91,49% dizem que a solução envolve transformações em todos os elos da cadeia: de operadoras aos prestadores e fornecedores, além de um maior envolvimento.

A solução apontada foi a necessidade de investir em uma cooperação mais estreita entre os setores público e privado da saúde. Houve consenso entre os participantes de que a saúde suplementar precisa de mudanças significativas. 

O evento também contou com um palco exclusivo para tratar de assuntos relacionados a ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança corporativa), tema que se consolidou como um pilar estratégico para o setor de saúde. São práticas com o intuito de gerar impacto positivo no meio ambiente e na qualidade de vida dos funcionários e da população brasileira.

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