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Conitec avalia novos medicamentos oncológicos: avanços e desafios para pacientes com leucemias

Nos dias 3 e 4 de setembro de 2025, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias em Saúde (Conitec) realizou sua 144ª Reunião Ordinária, que contou com a análise de diversos medicamentos de alta relevância para pacientes do SUS, incluindo terapias voltadas a doenças hematológicas e oncológicas.

Entre os temas avaliados, destacam-se duas tecnologias que a Abrale acompanha de perto: o trióxido de arsênio, indicado para o tratamento de adultos com leucemia promielocítica aguda (LPA) de risco baixo a intermediário em primeira linha de tratamento, e o asciminibe, para pacientes adultos com leucemia mieloide crônica (LMC) cromossomo Philadelphia positivo (Ph+) em fase crônica, previamente tratados com dois ou mais inibidores de tirosina quinase (ITQ).

Decisão sobre o trióxido de arsênio

A Conitec emitiu recomendação final pela incorporação do trióxido de arsênio no SUS. Essa decisão representa um avanço significativo para pacientes com LPA, que passam a contar com uma opção terapêutica mais eficaz e menos tóxica, alinhada às melhores práticas internacionais. A Abrale reforça que essa conquista é fruto da mobilização da comunidade, médicos, pacientes e de instituições da sociedade civil que defendem o acesso a novas terapias, mais modernas e seguras.

Decisão sobre o asciminibe

Em relação ao asciminibe, a Conitec deliberou pelo encaminhamento à consulta pública com parecer inicial desfavorável. Embora já aprovado pela ANS para usuários de planos de saúde privados desde 2024, os pacientes do SUS ainda não contam com essa opção terapêutica fundamental na terceira linha de tratamento da LMC.

Diante desse cenário, a Abrale e o Instituto Camaleão, em articulação com parlamentares federais, vêm fazendo um trabalho em apoio a incorporação do asciminibe, destacando dados científicos robustos, evidências de vida real e os impactos da falta de alternativas para pacientes em estágios mais avançados da doença no SUS. Mesmo diante do parecer desfavorável, nossa atuação segue firme para garantir que as contribuições da sociedade civil e da comunidade médica sejam consideradas no processo.

Compromisso com a transparência e o acesso

A Abrale acompanha sistematicamente as pautas da Conitec relacionadas a doenças hematológicas e câncer, promovendo a participação social, reunindo evidências e articulando esforços junto a diferentes esferas do poder público. O objetivo é reduzir desigualdades de acesso e assegurar que os pacientes do SUS tenham acesso às opções terapêuticas adequadas.  

Reiteramos nosso compromisso em manter a sociedade informada sobre cada etapa desse processo e em continuar atuando pelo acesso e equidade no tratamento ao câncer no Brasil.

Por Aline Oliveira Costa – Políticas Públicas e Advocacy da Abrale

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