Consulta Pública pode definir acesso a novo tratamento para linfoma raro — participe até 28 de abril
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está com a Consulta Pública nº 154 aberta…
Última atualização em 10 de maio de 2022
A Agência Nacional de Saúde (ANS) abriu a Consulta Pública nº 95 para ouvir a sociedade sobre a incorporação de alguns fármacos, entre eles o Acalabrutinibe, para tratamento de Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) e Linfoma de Células do Manto (LCM). O prazo final para envio das contribuições é dia 20 de abril de 2022.
Ao todo, serão analisadas três indicações, para as quais a ANS já recomendou preliminarmente. Para as análises referentes ao tratamento da Leucemia Linfocítica Crônica, a ANS se mostrou favorável à incorporação do Acalabrutinibe, porém desfavorável para o tratamento indicado aos pacientes com Linfoma de Células do Manto recidivado ou refratário, confira:
Seja para manter ou reverter a recomendação inicial da ANS, não deixe que decidam sem a sua participação. Essa é a nossa chance de sermos ouvidos e ajudar milhares de pacientes usuários de planos de saúde a terem acesso ao Acalabrutinibe. Por isso, se você é paciente de LLC e LCM, teve experiência prévia com o medicamento, é cuidador, familiar, amigo de paciente ou profissional da saúde, envie a sua contribuição à ANS e exerça o seu direito de participação social!
Ressaltamos que antes de fazer a sua contribuição você pode ler os documentos relativos às recomendações preliminares. Eles ajudam a compreender o que embasou a decisão.
Durante a reunião do COSAÚDE, realizada no dia 19 de março, os membros decidiram, por unanimidade, recomendar a incorporação do acalabrutinibe para linfoma de células do manto (LCM) recidivado ou refratário ao rol da ANS. Na ocasião, consideraram o melhor custo-efetividade quando comparado à tecnologia atualmente disponível, o Ibrutinibe. Entretanto, durante as discussões da 6º Reunião Extraordinária da Diretoria Colegiada (DICOL), realizada no dia 28 de março, o parecer inicial apresentado pela DICOL foi desfavorável à incorporação.
A participação social ampla, no processo de incorporação de novas tecnologias ao rol de eventos e procedimentos da saúde suplementar, não mais se restringe às consultas públicas. Agora, acrescentou-se a tal processo as audiências públicas com a participação aberta à sociedade, para colher contribuições apenas às decisões preliminares desfavoráveis.
No dia 8 de abril, foi realizada a Audiência Pública nº 21, que entre outras tecnologias, debateu a recomendação de não incorporação do acalabrutinibe para LCM. Representantes de sociedades médicas, médicos especialistas, associações de pacientes e a proponente defenderam a incorporação e confrontaram a decisão preliminar. O Senhor Eduardo Fróes e o Dr. Renato Sampaio, médico hematologista e diretor da ABHH, na ocasião representaram a Abrale.
Agora, a consulta pública servirá para a sociedade reforçar a importância da incorporação do acalabrutinibe ao rol de eventos e procedimentos, uma vez que o medicamento se comprovou eficaz, com menores efeitos adversos quando comparado ao ibrutinibe, além de representar uma significativa economia para a saúde suplementar.
Entenda como é o tratamento, diagnóstico dos principais sinais de cada uma das patologias no site da Abrale. Acesse:
Nós da Abrale priorizamos o bem-estar, a possibilidade de uma sobrevida longa e, claro, a segurança destes pacientes. Somos a favor de novas tecnologias que possam garantir a eficiência e os bons resultados na luta contra o câncer. Se você também acredita que podemos ampliar o acesso dos pacientes aos novos tratamentos, por meio da participação social, não deixe de contribuir!
Fonte: Advocacy e Políticas Públicas Abrale