Em 11 de dezembro, a Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia…
Seminário Fevereiro Laranja em Brasília: Câncer do sangue também é câncer!
No último dia 21 de fevereiro, a ABRALE, em colaboração com a deputada federal Flávia Morais, organizou o Seminário Fevereiro Laranja, um evento dedicado à discussão dos desafios enfrentados pelos pacientes com leucemia no Brasil e o aperfeiçoamento de políticas públicas. No Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, em Brasília, especialistas renomados se reuniram para compartilhar insights e propor soluções visando aprimorar as políticas públicas vigentes e oferecer um melhor cuidado e suporte aos pacientes.
O seminário proporcionou uma análise abrangente das questões cruciais relacionadas ao enfrentamento da leucemia no Brasil, destacando tanto os obstáculos enfrentados pelos pacientes quanto os avanços conquistados e as lacunas a serem preenchidas no sistema de saúde. Entre os temas abordados estiveram os desafios regionais e nacionais no acesso ao tratamento da leucemia, evidenciando a disparidade na distribuição de serviços de saúde e a escassez de infraestrutura em áreas menos favorecidas.
A abertura contou com a fala do Deputado Federal Weliton Prado, que ressaltou o aumento de casos de leucemia, as dificuldades de acesso ao tratamento e os trabalhos que vem sendo realizados pela Comissão Especial de Combate ao Câncer da Câmara dos deputados. Dra Catherine Moura também apresentou a jornada do paciente, por meio de pesquisa recente realizada pelo observatório de oncologia. A moderação ficou por conta da Deputada Federal Flávia Morais, que guiou os palestrantes entre os blocos de debate.
Os palestrantes, incluindo a Dra. Catherine Moura, e o Dr. Jorge Vaz Pinto Neto, Diretor de Ações Sociais da ABHH, enfatizaram a importância do diagnóstico precoce, do acesso a tratamentos especializados, como o Transplante de Medula Óssea (TMO), e da conscientização pública sobre a leucemia. A paciente Elaine Grisóstomo deu voz a jornada do paciente, trazendo uma perspectiva única, e destacando não apenas os desafios médicos, mas também os aspectos emocionais e sociais do enfrentamento da doença.
Além disso, o evento contou com a participação de outros especialistas, como o Dr. Ricardo Bigni, do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e Dra. Marina Aguiar, do Hospital do Câncer de Goiás, que trouxeram insights valiosos sobre os desafios regionais enfrentados pelos pacientes em diferentes partes do país. Nesse contexto de desafios regionais, o acesso a medicamentos essenciais para o tratamento da leucemia pode ser desafiador, especialmente no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A falta de disponibilidade de medicamentos em hospitais públicos, burocracia excessiva para a liberação de tratamentos e atrasos na incorporação de novas tecnologias ao sistema de saúde são algumas das questões enfrentadas pelos pacientes.
Dra. Carmem Vergueiro, médica hematologista e fundadora da AMEO (Associação de Medula Óssea), trouxe à luz as principais dificuldades enfrentadas no Brasil em relação ao Transplante de Medula Óssea (TMO), destacando a necessidade urgente de acesso igualitário a esse procedimento em todos os estados do país. Dra. Adriana Seber, médica especialista em Onco-hematologia Pediátrica e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), abordou as especificidades do tratamento das leucemias infantis, destacando os desafios enfrentados na hematologia pediátrica.
As discussões ressaltaram a necessidade de políticas públicas eficazes para garantir o acesso igualitário ao tratamento. A deputada Flávia Morais enfatizou o papel crucial das autoridades políticas na transformação de demandas em leis que assegurem tratamento acessível e oportuno para todos os pacientes.
Por fim, o seminário apresentou propostas visando melhorar o diagnóstico precoce, ampliar o acesso a tratamentos essenciais e fortalecer o suporte ao paciente ao longo de sua jornada de tratamento. Essas iniciativas refletem o compromisso da ABRALE em promover o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes com leucemia em todo o Brasil.