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Anvisa aprova novo medicamento para tratamento de policitemia vera
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento de policitemia vera. A informação foi divulgada pelas farmacêuticas, responsáveis pela venda do produto no Brasil, no dia 20 de março.
O Ropeginterferon alfa-2b é um medicamento de uso subcutâneo com efeito prolongado. Segundo as farmacêuticas, o remédio pode ser aplicado a cada duas semanas ou a cada quatro semanas, caso a estabilidade hematológica seja mantida por pelo menos 1,5 anos. No Brasil, o medicamento será comercializado com o nome de Besremi®.
O que é policitemia vera
A policitemia vera é um tipo raro de doença do sangue que acontece devido a uma mutação das células tronco que afeta os glóbulos vermelhos. Eles passam a se multiplicar de forma descontrolada, e o resultado dessas altas taxas de glóbulos vermelhos na corrente sanguínea é o espessamento do sangue, o que pode provocar alterações no seu fluxo, como problemas circulatórios.
A longo prazo, ela também pode evoluir para doenças mais graves, como a mielofibrose e a leucemia mieloide aguda (LMA), embora isso não seja muito comum.
Tratamento
No Brasil, outros dois medicamentos foram aprovados para o tratamento de policitemia vera. O quimioterápico oral Hidroxiureia é um dos medicamentos utilizados, com o objetivo de diminuir a quantidade de plaquetas. Mas não se assuste, porque diferente da quimioterapia, que engloba um conjunto de medicamento para eliminar todas as células doentes, o quimioterápico Hidroxiureia não causa tantos efeitos colaterais.
O Ruxolitinibe, também é opção de tratamento para pacientes com policitemia vera que são intolerantes ou resistentes à hidroxiuréia ou à terapia citorredutora de primeira linha. Ele age diretamente na proteína Janus Quinase 2 (JAK 2), presente em 95% das pessoas com a doença.
O uso de aspirina, como AAS e Heparina, em doses baixas, também são indicados por alguns médicos, pois estes medicamentos afinam o sangue e evitam o risco de trombose.
Os médicos também podem indicar o transplante de medula óssea (TMO) para tratamento da doença. Porém, é preciso uma avaliação das condições clínicas do paciente, como sua idade e estadiamento da doença.