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Câncer de Fabiana Justus: quais são os próximos passos do tratamento após a alta?

Última atualização em 11 de março de 2024

Especialista explica curso do tratamento de leucemia mieloide aguda; doença que acomete a influenciadora

Fabiana Justus usou o Instagram neste domingo, 25, para celebrar sua alta médica. A influenciadora ficou hospitalizada por 34 dias desde seu diagnóstico de leucemia mieloide aguda, que aconteceu no final de janeiro.

Internada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, a filha de Roberto Justus sofre de um tipo agudo de leucemia (câncer no sangue), que tem evolução rápida e agressiva. A doença se desenvolve a partir de células-tronco mielóides e ocasiona um aumento do risco de infecções agudas e queda das plaquetas que fazem a primeira etapa da coagulação, levando a sangramentos.

O tratamento é feito com protocolos muito intensos de quimioterapia e, por vezes, pode ser realizado por meio de transplante de medula óssea.

Apesar disso, ainda não se sabe se Fabi precisará de transplante. Em seu anúncio de alta, ela revelou que esse é o primeiro intervalo entre os ciclos de quimioterapia, ‘para dar muita força para continuar o tratamento’.

À IstoÉ Gente, a Dra. Giovanna Ghelfond, médica especialista em hematologia e onco-hematologia, esclarece quais são os próximos passos que devem ser tomados por Fabiana e seus médicos para o sucesso do tratamento.

Em primeiro lugar, é necessário ressaltar os requisitos para a alta. Em vídeo compartilhado, a influenciadora relatou que deveria ter tido alta 10 dias antes, o que não foi possível devido a ‘intercorrências’.

A especialista explica que, para receber alta, o paciente não pode estar com a doença em atividade, bem como com nenhuma infecção potencialmente grave que mereça tratamento hospitalar ou vômitos que possam causar desidratação. Ele também não pode necessitar de transfusões de sangue consecutivas e deve estar, no geral, se sentindo bem.

Giovanna detalha que o primeiro ciclo de quimioterapia, que foi encerrado pela influenciadora, é chamado de indução: ‘O objetivo é zerar a doença. De uma forma simples, dar um ‘reset’ na medula, para que a doença seja eliminada e novas células saudáveis surjam.’

No intervalo entre a indução e a próxima etapa, que pode durar de 21 a 28 dias, pode ser que Fabiana esteja fazendo uso de medicações profiláticas ‘a fim de evitar infecções’. Ela também pode ter fadiga, náuseas, vômito e outros sintomas.

A grande preocupação baseia-se no risco infeccioso. Por isso, todos os cuidados ainda se fazem necessários até o final do tratamento’, diz Giovanna, destacando que Fabiana deve evitar aglomerações e atividade física intensa, mas que não há necessidade de isolamento total.

Depois da indução, ela diz que o segundo passo é a consolidação. Esse costuma durar entre três e quatro meses – ou ciclos. ‘Neste período, é definida a necessidade ou não de realizar o transplante de medula, a depender das características genéticas da doença e da resposta ao tratamento’, continua a especialista.

Segundo Giovanna, não é possível prever. ‘Cada serviço tem seus protocolos instituídos. Algumas instituições optam por realizar a consolidação com o paciente internado e, outros, em caráter ambulatorial’, destaca.

Fonte: Isto É Online

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