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Destaques EHA 2024

Veja as principais novidades terapêuticas para os cânceres do sangue, apresentadas no maior evento de Hematologia realizado na Europa

Dra. Catherine Moura, CEO da Abrale, no EHA 2024

O European Hematology Association – EHA 2024, maior evento da Onco-Hematologia da Europa, aconteceu de 13 a 16 de junho em Madrid, na Espanha.

Ao longo dos dias, especialistas de todo o mundo apresentaram atualizações e inovações em tratamentos, por meio de palestras, pôsteres científicos, workshops interativos, dentre outros. Dra. Catherine Moura, médica sanitarista e CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), esteve no evento. Aqui, separamos alguns destaques para você!

LEUCEMIAS CRÔNICAS

  • Leucemia linfocítica crônica (LLC): para aqueles que apresentam a mutação TP53, uma pesquisa feita com mais de 10 mil pacientes avaliou o prognóstico e mostrou que esta alteração continua sendo um importante fator preditivo de resposta terapêutica, sendo superior a outros fatores, como o status mutacional. Em relação ao tratamento, é possível ver uma grande diferença com o uso de quimioterapia e imunoterapia nestes casos. As combinações com venetoclax e anti-CD20 mostraram bons resultados, e as combinações com IBTK, principalmente o uso de ibrutinibe, não geraram tanto impacto.
  • Leucemia mieloide crônica (LMA): o asciminibe mostrou ser superior em primeira linha por ter atingindo uma resposta mais profunda e com uma toxicidade menos limitante ao uso, quando comparado aos inibidores da tirosina quinase (ITQ) considerados mais “potentes”. O medicamento já está aprovado pela Anvisa, mas para adultos com LMC que usaram dois tratamentos prévios de ITQ.

LEUCEMIAS AGUDAS

  • Leucemia linfocítica aguda (LLA): estudo organizado por um grupo chinês desenvolveu uma nova tecnologia CAR-T Cell para incorporar o silenciamento do gene da interleucina-6 e, assim, reduzir a liberação dessa citocina nas células CAR-T, atenuando eventos adversos. Os pacientes analisados tinham LLA recidivada e refratária e também o gene CD-19 positivo. Os resultados foram promissores e demonstraram uma menor incidência de liberação de citocinas, além de remissão completa após 12 meses em 91% dos casos.
  • Leucemia mieloide aguda (LMA): os inibidores de menina foram o destaque. Os dados novos vêm em um cenário para pacientes refratários, com as muteações genéticas KTM2A e NPM1. Dentre as novidades, está a associação com outras moléculas, como o venetoclax somado à hipometilantes, que são os triplets, com resultados muito interessantes na fase 1 e 2. Os dados mais robustos é do revumenibe, porque é a primeira molécula estudada.

MIELOMA MÚLTIPLO

Dentre as diversas pesquisas apresentadas, estavam os resultados dos estudos DREAMM-7 e DREAMM-8, ensaios clínicos de fase 3 que avaliam a eficácia e segurança de combinações terapêuticas envolvendo belantamabe mafodotina (belamaf) em pacientes com mieloma múltiplo recidivado/refratário (RRMM) que receberam pelo menos uma linha de tratamento prévio. No estudo DREAMM-7, a combinação de belamaf com bortezomibe e dexametasona (BVd) foi comparada a daratumumabe, bortezomibe e dexametasona. Já o estudo DREAMM-8 avaliou belamaf combinado com pomalidomida e dexametasona (BPd) vs. pomalidomida, bortezomibe e dexametasona (PVd). Ambos os estudos mostraram que as novas combinações apresentaram melhoria na sobrevida global e também respostas mais profundas ao tratamento.

LINFOMA DE HODKIGN (LH)

Para os pacientes idosos, foram levantados pontos muito relevantes no EHA 2024. O primeiro deles foi sobre a biologia da doença, porque muitas vezes esse grupo apresenta um LH mais agressivo, em estadiamentos mais avançado. A questão clínica também, por terem comorbidades e muitas vezes não serem elegíveis à bleomicina, já que pode ter uma toxicidade maior em pessoas acima dos 70 anos. Para esta população, é sugerida a inclusão do brentuximabe e também de um esquema sequencial com brentuximabe + AVD + brentuximabe, trazendo assim menos efeitos adversos.

LINFOMA NÃO-HODGKIN (LNH)

O linfoma difuso de grandes células B tem sido o foco de atenção em estudos, tanto sobre a primeira linha de tratamento, com dados já consolidados para a combinação do polatuzumab + rituximabe, trazendo desfechos de sobrevida livre de progressão; na segunda linha terapêutica, que incluí o CAR-T Cell, especialmente para os pacientes que têm uma progressão precoce; e na terceira linha, com o uso dos anticorpos biespecíficos. No Congresso, os especialistas apresentaram uma nova possibilidade, com a combinação biespecíficos + quimio/imunoterapia, no cenário de recidiva e refratariedade, e os dados foram bastante positivos.

Fonte: Hemomeeting | Texto: Tatiane Mota, jornalista da Abrale

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