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Estudos comprovam impurezas em medicamento contra a leucemia infantil

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L-asparaginase chinesa apresentou pelo menos 12 proteínas contaminantes

 

Desde 2017, um dos tratamentos utilizados para a leucemia linfoide aguda (LLA) em crianças está sob os holofotes médicos e da imprensa. Mas agora pesquisadores da Unicamp e do Centro Infantil Boldrini têm os resultados: a L-asparaginase chinesa possui mais impurezas em comparação com a droga usada anteriormente, o que a torna menos eficaz no combate à doença.

As análises realizadas no medicamento, que chegou a ser oferecido pelo Ministério da Saúde a hospitais da rede pública, mesmo sem estudos clínicos no país, sugerem que a medicação chinesa Leuginase® possui pelo menos 12 proteínas contaminantes, que representam entre 19 e 37% das proteínas que constituem o medicamento.

A pesquisa testou também a atividade da droga em células in vitro e em camundongos. Quando injetada em animais, a Leuginase® se mostrou inferior, apresentando biodisponibilidade três vezes menor, o que significa que no organismo a quantidade do princípio ativo do medicamento é menor.

“Estes fatos científicos levam à conclusão de que o medicamento não preenche os requisitos mínimos e imprescindíveis para estudos clínicos em seres humanos”, diz Dra. Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini.

Histórico

Em 2017, o Ministério da Saúde comprou um novo remédio, o LeugiNase, cujo custo é 1/4 do que o usado antes, o Aginasa (japonês/alemão). Hospitais barraram o remédio. Teste apontou que só 60% do remédio chinês corresponde ao L-asparaginase. No japonês/alemão há 99,5% da substância.

Justiça

O Ministério Público Federal moveu ação civil pública para interromper o uso do medicamento. A Justiça Federal concedeu liminar proibindo a União de comprar e distribuir novos lotes do remédio

Outubro e novembro

O Centro Infantil Boldrini recebeu remessas do LeugiNase. Governo diz que não encaminhou, mas admite que enviou a Estados e hospitais nota para que não interrompessem o tratamento com o remédio

Hoje

No dia 19 de janeiro, foi publicada a portaria 159, que faz alterações nos valores das APACs (Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade) para o faturamento dos atendimentos realizados pelos hospitais que atendem aos usuários do SUS portadores de leucemia e linfoma,  crianças e adultos.

Esta foi uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde (MS) para atualizar os valores e dessa forma inserir no Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da PEG-Asparaginase (Oncaspar®), medicamento que foi registrado no ano passado no valor de R$ 6 mil. A partir desta publicação, a APAC de pediatria, que até então tinha um valor único para o tratamento de primeira linha de todos os tipos de cânceres, R$ 1.700,00, agora passa ter um código específico para leucemia e linfoma, nas fases iniciais, com o valor de R$ 8.689.

 

Fonte: ABRALE

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