#HEMO2025 – TMO no mieloma múltiplo: no futuro o procedimento continuará indicado na primeira linha de tratamento?

O transplante de medula óssea autólogo (quando a célula vem do próprio doador) segue sendo um dos pilares do tratamento do mieloma múltiplo em pacientes elegíveis ao procedimento.

No entanto, novas terapias celulares estão ampliando o debate sobre o papel do transplante nas estratégias de primeira linha. O estudo de fase III, chamado de CARTITUDE-6, vem se destacando por comparar o uso precoce da terapia CAR-T ciltacabtagene autoleucel, que tem como alvo o antígeno BCMA, com o tratamento padrão, que inclui o TMO, em pacientes recém-diagnosticados e aptos ao transplante.

A pesquisa avalia se o uso antecipado da terapia celular pode proporcionar melhores resultados em sobrevida livre de progressão, resposta profunda e qualidade de vida, em comparação à estratégia tradicional de indução, TMO e manutenção.

“O TMO vai continuar sendo tão importante nos pacientes de mieloma? Bem, precisamos aguardar os resultados do estudo CARTITUDE-6, com o uso de CAR-T em pacientes recém-diagnosticados para responder. Atualmente, o transplante continua sendo relevante e adicionar algum biespecífico pode, sim, mostrar melhores resultados, a depender do caso”, comentou o Dr. Ângelo Maiolino, coordenador médico e da Hematologia na Americas Centro de Oncologia Integrado, durante sua palestra no Hemo 2025, maior evento de Onco-Hematologia da América Latina.

Apesar das expectativas em torno dos CAR-T Cell, os especialistas reforçam que o TMO ainda tem papel importante, especialmente por sua eficácia comprovada, custo menor e disponibilidade no sistema de saúde, incluído o público.