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Hospital de Niterói já pode fazer transplantes de medula óssea alogênico não aparentado
O Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) foi credenciado pelo Sistema Nacional de Transplante, do Ministério da Saúde, para a realização de transplante de medula óssea alogênico não aparentado. Essa modalidade usa a medula ou as células-tronco de doadores voluntários sem vínculo sanguíneo com o paciente – são os inscritos no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea ou em bancos de sangue públicos de cordão umbilical e placentário.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), ano passado 165 transplantes de medula óssea realizados no Estado do Rio foram notificados no Registro Brasileiro de Transplantes – 59 deles alogênicos e 106 autólogos (quando o paciente é o próprio doador). Desse total, 97 foram feitos no CHN – foram 24 alogênicos e 73 autólogos.
Além dessa nova modalidade, o CHN executa transplantes renais de um doador vivo ou falecido e ainda transplante renal em bloco; transplante de tecidos musculoesqueléticos – que incluem ossos, tendões, meniscos e cartilagens – e transplantes de medula óssea autólogos e alogênicos aparentados.
Doadores compatíveis
O transplante de medula óssea não aparentado é indicado para pessoas que não podem usar as próprias células ou quando não foram encontrados doadores compatíveis na família. A médica Márcia Garnica, infectologista do CHN Transplante, explica que essa modalidade é alternativa para o tratamento de leucemias e linfomas e é também indicada para alguns indivíduos com doenças não malignas, como a anemia falciforme. Nessas doenças, a medula não consegue produzir, com eficácia, as células sanguíneas.
– Um problema frequentemente encontrado era a dificuldade no acesso a um doador compatível, isso tem acontecido por causa de mudanças do formato das famílias, que são menos numerosas, o que diminui a probabilidade de compatibilidade para a doação. Porém, com o credenciamento não aparentado para o acesso a doadores alternativos, com base em bancos de doadores, por exemplo, essa história mudou – disse Garnica.
Fonte: Extra – RJ