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Inteligência artificial diagnostica tipo raro de leucemia e salva vida no Japão
O Laboratório de Medicina da Universidade de Tóquio utilizou o computador Watson, da IBM, para diagnosticar um tipo raro de câncer em uma idosa de 66 anos. Para especialistas, é a primeira vez que uma inteligência artificial salva uma vida no Japão.
A máquina em questão tem em sua memória 20 milhões de artigos científicos sobre câncer e, com isso, conseguiu diagnosticar a paciente em apenas dez minutos, oferecendo também um tratamento recomendado.Além desse caso específico, o Watson também foi usado em dois casos de câncer de difícil diagnóstico. No total, o computador conseguiu fornecer informações de tratamento para 41 pacientes.
Inicialmente, a idosa recebeu o diagnóstico de leucemia mieloide aguda por médicos humanos. Apesar de ter recebido tratamento adequado para o caso, a paciente só piorava, sem causa aparente. Foi aí que entrou o Watson, que recebeu informações de 1,5 mil modificações de DNA para analisar. Depois de dez minutos, a máquina chegou à conclusão de que a doença era, na verdade, uma leucemia secundária. Um novo tratamento foi feito, desta vez com sucesso. Na situação em que a idosa estava, a demora na medicação poderia ter levado a uma sepse grave e, consequentemente, à morte.
O computador faz o diagnóstico como um médico humano: a partir dos sintomas, é analisado o código genético do paciente e faz-se consultas na literatura médica. No entanto, há um limite de dados que um especialista de carne e osso pode processar. É aí que entra a inteligência artificial. “A utilização da IA, que acumula informação e aprende com isso, tem o potencial de mudar o mundo da medicina”, revela Satoru Miyano, da Universidade de Tóquio.
A inteligência artificial é uma das áreas de maior destaque no mundo da tecnologia. Uma das aplicações será nos carros autônomos, em que várias montadoras – e o Google – estão trabalhando para colocar nas ruas. A Tesla, fabricante de carros elétricos, afirmou que terá um modelo que se dirige totalmente sozinho em 2018.
Fonte: NHK