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Leucemia: como é o câncer que Susana Vieira está enfrentando?

 

 

Bem Estar fala sobre tipos de leucemia, sintomas e tratamentos.

 

Há três anos, a atriz Susana Vieira enfrentou um drama que não estava em nenhum roteiro de novela. Ela descobriu que estava com um tipo de leucemia. “Sentei na frente dele e ele falou assim, friamente: a senhora é portadora de uma doença chamada LLC – Leucemia Linfocítica Crônica. Eu não sabia o que era mais pesado: a leucemia, o linfocítico ou o crônico”, conta a atriz.

 

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Leucemia: como é o câncer que Susana Vieira está enfrentando?

 

A doença é grave, mas tem tratamento, como mostrou o Bem Estar desta terça-feira (27). E quais os outros tipos de leucemia, seus sintomas? Convidamos a oncologista pediátrica Adriana Seber e o oncologista hematologista Jacques Tabacof.

Para algumas leucemias a cura é o transplante. O Brasil tem um dos maiores bancos de doadores de medula óssea do mundo, mas de cada 10 doadores, quatro não são encontrados porque não atualizam o cadastro.

Leucemias são várias doenças diferentes que ocorrem, de maneira geral, na nossa fábrica de células sanguíneas, a medula óssea. São derivadas de problemas na produção desordenada ou acúmulo excessivo de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo.

Qual a origem das leucemias? Ainda não se sabe. No caso das crianças, uma das hipóteses é a de alterações que ocorrem ainda no útero, causadas por fatores ambientais.

Como é o diagnóstico? A suspeita, em geral, vem de um hemograma simples, que analisa a quantidade de células no sangue. O exame que envolve fazer punção da medula é feito para confirmar que tipo de leucemia é. A partir do diagnóstico, o paciente tem direito a ser atendido em um centro especializado.

 

Tipos de leucemia

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Sintomas da leucemia linfoide aguda — Foto: Augusto Carlos/TV Globo

 

leucemia linfoide aguda é o câncer mais comum nas crianças e atinge os linfócitos. Tem cura em até 70% dos casos, mas o tratamento é intensivo, por cerca de um ano, seguido de uma fase de manutenção até completar no mínimo dois anos, sempre com quimioterapia. Raramente precisa de transplante.

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Sintomas da leucemia linfoide crônica — Foto: Augusto Carlos/TV Globo

 

A leucemia linfoide crônica é mais comum nos idosos e caracteriza-se por um lento acúmulo de linfócitos. Por isso, muitas vezes o tratamento é observar, acompanhando o hemograma do paciente. Quimioterapia pode ser necessária. Esse é o tipo de leucemia da atriz Suzana Vieira.

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Sintomas da leucemia mieloide — Foto: Augusto Carlos/TV Globo

 

Leucemias mieloides, nas formas aguda ou crônica, atingem o mielócito. A forma crônica, mas comum em adolescentes e adultos, hoje dispõe de uma medicação de alto custo que “desliga” o erro genético. A forma aguda atinge mais idosos e, além de quimioterapia, pode ser necessário o transplante.

 

Doação de medula óssea

O transplante de medula salva vidas. Para ser doador de medula óssea, a pessoa precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde. Não pode ter doença infecciosa ou incapacitante, câncer ou doenças hematológicas ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não impedem a doação e são analisadas caso a caso.

A Pyetra Camila, auditora de telemarketing, tem 20 anos. A doação de medula óssea salvou a vida dela. Ela foi diagnosticada aos 15 anos com leucemia mieloide crônica. O câncer no sangue avançou rapidamente e se tornou uma leucemia linfoide aguda, um tipo mais grave da doença. “No começo, no começo eu fazia quimio todos os dias. É uma medicação muito forte e aquilo vai derrubando, derrubando e fica mais difícil”, conta.

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Transplante de medula óssea salva vidas

 

Depois de um ano de tratamento sem conseguir controlar a leucemia, a única alternativa para a Pyetra era o transplante de medula óssea. E na família não tinha ninguém compatível. “É muito difícil porque você fica naquela expectativa – será que vou ter um doador, será que não vou ter? Até que você acha um doador e te dá esperança para conseguir terminar aquele tratamento, continuar seguindo, fazendo acompanhamento direitinho”.

O Brasil tem o terceiro maior banco de medula óssea do mundo, com quatro milhões de pessoas cadastradas. Entretanto, 40% desses possíveis doadores são perdidos na hora da convocação. A principal causa é a desatualização dos dados, como telefones e endereços, o que impossibilita o contato. Isso pode ser resolvido com um simples acesso ao site do REDOME, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea.

Generosidade e cadastro atualizado foram fundamentais para que Pyetra pudesse fazer tudo o que faz hoje. “Trabalho, comecei a fazer faculdade e adoro cozinhar!”, diz.

 

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O que provoca a leucemia em crianças?

 

Diagnóstico tardio

Um estudo latino-americano revelou que até 70% das pessoas com câncer no sangue têm acesso ao diagnóstico em etapas avançadas da doença. A pesquisa foi feita na Argentina, Brasil, Colômbia, México e Uruguai.

Com base na pesquisa, o estudo indica ‘boas práticas’:

  • Acesso: Padronização de processos e serviços, por diferentes tipos de centros de atendimento, em diferentes regiões
  • Atenção ao Paciente: estimular a confiança do paciente e seus familiares, reforçar o processo de acompanhamento do paciente após a alta hospitalar; reforçar laços com grupos de pacientes
  • Atendimento com equipes multidisciplinares, para atenção integral, com treinamento adequado constante.
  • Aprimorar qualidade médica, com prazos de entrega pré-estabelecidos de diagnósticos, incentivo à participação em estudos clínicos,
  • Estabelecer compromisso com o entorno do paciente, com padronização de protocolos para todos os processos, contribuir com a pesquisa clínica.

 

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Projeto Dodói ajuda crianças em tratamento contra o câncer

 

Projeto Dodói já ajudou 4,6 mil crianças com câncer em 40 centros de tratamento. Ele foi criado pela Abrale – a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia -, com o apoio do Instituto Maurício de Souza e doações de voluntários.

 

Fonte: Site | G1 – Bem Estar

 

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