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Ministério da Saúde investe R$ 330 milhões em tecnologia de ponta para tratamento do câncer e doenças raras

Assinatura de acordos sobre terapia genética com a organização americana Caring Cross prevê economia para o SUS e ampliação do acesso ao tratamento de leucemia, linfoma e HIV/Aids com uso de células CAR-T

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou, nesta terça-feira (26), do evento de lançamento de estratégias para terapias avançadas, na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro. A agenda faz parte das ações do ministério, no âmbito do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) e do Novo PAC, para o fortalecimento do SUS e em benefício de pacientes com doenças oncológicas, infecciosas e genéticas. Na ocasião, foi assinado um acordo de transferência tecnológica entre a Fiocruz e a empresa estadunidense Caring Cross no valor total de R$ 330 milhões para a produção de células CAR-T e vetores lentivirais. O período de execução é de 36 meses.

Hoje é um dia especial não somente por ser uma terapia importante e inovadora, mas também por multiplicar por dez vezes o acesso a essa tecnologia pelo Sistema Único de Saúde”, comemorou a ministra. “Estamos celebrando uma política do nosso governo que queremos fixar como política de Estado, que é a viabilidade econômico-sanitária de empreendimentos públicos no Complexo Industrial da Saúde, na linha de ter um Brasil bem cuidado a serviço da vida e de um SUS mais forte”, enfatizou Nísia. Para ela, o acesso a novas tecnologias para tratamento de cânceres e doenças raras é um grande avanço e mostra a cooperação e alinhamento entre as instituições brasileiras altamente qualificadas para desenvolver pesquisa e tecnologia de inovação na saúde pública.

Com a assinatura do acordo de colaboração com a Caring Cross, a Fiocruz será a detentora dessa tecnologia no Brasil e na América Latina, com a redução drástica de custos de produção no país e ampliando o acesso da população às terapias genéticas. A iniciativa permitirá um avanço na parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que realizará os ensaios clínicos voltados para cânceres hematológicos.

A ministra comemorou, ainda, a possibilidade de avançar nas pesquisas para doenças que afetam quase que exclusivamente a população negra, que é um dos pilares da saúde no Brasil. “Esse conjunto de iniciativas também poderá impactar em doenças ditas do passado como na anemia falciforme e direcionar políticas públicas de tecnologia com conhecimento científico avançado para esta população”, ressaltou.

Como são utilizadas as terapias

As terapias com células CAR-T representam um tratamento revolucionário, utilizando as próprias células imunológicas do corpo para atingir e destruir as células infectadas. A fase inicial do acordo terá como foco terapias com células CAR-T para leucemia e linfoma, contando com versões aprimoradas de produtos que têm sido usados com sucesso no tratamento de pacientes em diferentes países. A colaboração também irá desenvolver um produto terapêutico para o HIV, atualmente em fase de ensaios clínicos nos EUA, concebido para o tratamento e potencial cura da infecção pelo vírus. Também há a expectativa do desenvolvimento de novos projetos com diferentes parceiros para outras patologias.

Tratamento eficaz e economia para o SUS

O potencial transformador dos tratamentos com células CAR-T é significativamente prejudicado por seus altos custos, frequentemente superiores a US$ 350 mil (cerca de R$ 2 milhões) a dose. O preço exorbitante torna estas terapias que salvam vidas inacessíveis a muitos pacientes de baixa e média renda, criando uma grande disparidade no acesso à terapia. Com a produção local, o tratamento poderia estar disponível gratuitamente para a população e o custo para o SUS se reduziria a 10% do valor atualmente praticado na Europa e nos EUA, passando para US$ 35 mil (R$ 173 mil).

 

Fonte: Ministério da Saúde

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