Pacientes de LMC se reúnem em SP para protestar contra a falta de medicamentos

Manifestação aconteceu no vão do MASP

No dia 5 de fevereiro, sábado, centenas de pessoas com leucemia mieloide crônica (LMC) se reuniram no vão do MASP, em São Paulo, em uma manifestação contra a falta de medicamentos para seu tratamento. A ação foi organizada pelo Comitê de Pacientes Abrale, em parceria com o grupo Vivendo com LMC.

Há mais de cinco meses, todos os inibidores da tirosina quinase (imatinibe, nilotinibe e dasatinibe) estão indisponíveis nos hospitais referenciados do Sistema Único de Saúde (SUS). A Abrale está em contato com o Departamento de Assistência Farmacêutica, do Ministério da Saúde (MS), que detém uma parcela da responsabilidade pela compra e distribuição de medicamentos em âmbito nacional, mas não obtivemos esclarecimentos oficiais sobre os motivos para o desabastecimento dos três inibidores . 

Em relação à compra do Imatinibe pelo Ministério da Saúde, conforme contrato de compra publicado no Diário Oficial nº 2/2022 – UASG 250005 – DLOG, espera-se que o lote do medicamento chegue às Secretarias Estaduais no dia 10 de fevereiro, para que a partir desta data, possam ser distribuídos aos municípios e centros especializados.

Essa é uma situação que vem causando preocupação em pacientes e médicos de todo o país. Isso porque realizar o tratamento da LMC, de forma ininterrupta, é essencial para que a doença seja controlada, possibilitando resultados clínicos positivos e também qualidade de vida.

“Nos reunimos para protestar contra uma situação que já está ficando insustentável. Nós, pacientes, precisamos ter nossos direitos respeitados. Não podemos ficar sem os medicamentos. O câncer não espera e queremos poder voltar a viver sem essa preocupação, que nos assombra tem meses”, falou Itaciara Monteiro, paciente de LMC e coordenadora do Comitê de Paciente da Abrale.

Nossa organização continua em contato com os órgãos de saúde competentes e não vamos desistir, até a situação melhorar. Na próxima semana, estaremos presencialmente em Brasília em busca de esclarecimentos. 

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Fonte: Comunicação e Advocacy Abrale