No dia 6 de novembro aconteceu, no Rio de Janeiro, a nona edição do Fórum…
Participe da Consulta Pública do SUS para a incorporação do venetoclax em combinação com a azacitidina, para o tratamento da leucemia mieloide aguda
Mais uma consulta pública foi aberta, com o objetivo de dispinibilizar no Sistema Único de Saúde (SUS) um efetivo tratamento para a leucemia mieloide aguda (LMA).
Este tipo de câncer pode acontecer em qualquer idade e pode se apresentar de maneira bem grave para alguns pacientes. Nos ajude a pressionar a Conitec e o Ministério da Saúde para disponibilizar esta nova combinação terpêutica para aqueles que fazem tratamento no sistema público de saúde!
Entenda a LMA
O primeiro passo é conhecer este tipo de leucemia. Câncer com desenvolvimento na medula óssea, órgão que produz as células do sangue, sua principal característica é a superprodução de células imaturas, também conhecidas por blastos (tipos de glóbulos brancos, responsáveis por combater as infecções). Elas passam a se desenvolver de forma descontrolada e param de desempenhar sua função, a de proteger o organismo contra as bactérias, vírus. Em grande quantidade na medula óssea, bloqueiam a formação dos demais componentes do sangue (glóbulos vermelhos, responsáveis pela oxigenação do corpo, e plaquetas, que impedem as hemorragias).
Os principais sintomas e sinas são: sangramentos persistentes, febre, cansaço, dificuldade em respirar, manchas roxas no corpo, infecções e dores nos ossos. A LMA se manifesta, em sua maioria, nos adultos e frequentemente em idosos. O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais, e também são levados em consideração fatores relacionados à vida do paciente. Quando diagnosticada, o tratamento necessita ser imediato.
Como os pacientes com LMA são tratados no SUS?
O tratamento acontece de acordo com as Diretrizes Diagnósticas e Terapêuticas (DDT) da Leucemia Mieloide Aguda, publicada em setembro de 2014. Ele começa com quimioterapia inicial e quimioterapia de consolidação, com o objetivo de restauração das células sanguíneas normais. Também pode ser feito o transplante de células-tronco (alo-TCTH). Os pacientes com 19 anos ou mais devem ser atendidos em hospitais habilitados em Oncologia com serviço de Hematologia e com porte tecnológico suficiente para diagnosticar, tratar e realizar seu monitoramento laboratorial.
Nova combinação – Venetoclax + azacitina
A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) solicitou à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de incorporação do venetoclax em combinação com azacitina para pacientes recém-diagnosticados com LMA inelegíveis à quimioterapia intensiva.
O medicamento venetoclax é usado para bloquear uma proteína no corpo que ajuda as células cancerosas a sobreviverem, e assim diminui o número de células malignas no corpo e evita que a doença se agrave. O medicamento azacitidina é um antineoplásico que pode restaurar a função normal das células doentes na medula óssea, causando a morte das células que se desenvolvem rapidamente.
Já a análise do impacto orçamentário demonstrou que o gasto pode chegar a de R$ 404 milhões a R$ 478 milhões acumulados em cinco anos.
Recomendação inicial da Conitec
A Conitec recomendou inicialmente a não incorporação no SUS do venetoclax em combinação com azacitidina para tratamento de pacientes com LMA recém-diagnosticados e que são inelegíveis à quimioterapia intensiva. Esse tema foi discutido durante a 86ª reunião ordinária da Comissão, realizada nos dias 4 e 5 de março de 2020. Na ocasião, o Plenário conclui que os estudos sobre o assunto são ainda recentes e que existem outros em andamento que poderão futuramente trazer mais informações.
Mas nós, e todos os pacientes com LMA do país, contamos com você para mudar este cenário! A consulta pública ficará aberta até o dia 22 de abril, para receber contribuições da sociedade (opiniões, sugestões e críticas) sobre o tema.
Para participar com experiências ou opiniões:
PASSO 1
Acesse: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=55274
PASSO 2
Preencha suas informações pessoais, como CPF, nome, sexo, idade e etc.
PASSO 3
Escolha a categoria em qual se encaixa: se paciente, familiar e cuidador, profissional de saúde ou interessado no tema.
PASSO 4
A Conitec recomendou inicialmente a NÃO incorporação no SUS do venetoclax em combinação com azacitidina para tratamento de pacientes com LMA recém-diagnosticados e que são inelegíveis à quimioterapia intensiva.
Neste momento selecione a opção:
(x) Discordo
Caso deseje, escreva no espaço “Comente” o texto abaixo, para fortalecer sua opinião! E no passo seguinte, descreva sua experiência com venetoclax em combinação com azacitidina.
A Leucemia Mieloide Aguda (LMA), é um tipo de câncer do sangue grave, que apresenta rápida evolução e invariavelmente fatal se não tratada. O prognóstico da LMA é muito heterogêneo, pois depende de múltiplos fatores relacionados a doença e ao paciente.
A LMA é primariamente uma doença de pacientes idosos, sendo a mediana da idade ao diagnóstico de 68 anos. A maioria dos novos casos (54,2%) surge em indivíduos com ≥ 65 anos. Uma idade na qual, raramente, os pacientes conseguirão enfrentar o tratamento convencional com quimioterapia, assim como dificilmente estarão elegíveis para o transplante de medula óssea.
Considerando que a probabilidade de eventos adversos de venetoclax + azacitidina é menor, se comparada com o tratamento convencional, com quimioterapia intensiva.
Considerando que a combinação de venetoclax e azacitidina garante que uma quantidade de pacientes sobreviverá por mais tempo.
Considerando que a combinação de venetoclax e azacitidina atinge uma remissão completa (RC) ou remissão completa com recuperação incompleta da medula (RCi) em 67% dos pacientes.
Considerando que somadas as comorbidades, funções orgânicas comprometidas e performance status diminuída, pacientes idosos apresentam alta taxa de mortalidade relacionada ao tratamento quimioterápico.
Considerando que a terapia de LMA é normalmente dividida em pacientes elegíveis e não elegíveis para quimioterapia intensiva, não sendo indicada para pacientes idosos e/ou com performance status ruim e/ou com muitas comorbidades. E estima-se que apenas 30-50% dos pacientes podem ser tratados com quimioterapia intensiva padrão.
Solicita-se, então, que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) se atente aos fatos acima reportados e tome as providências necessárias para a garantia do melhor tratamento a todos os pacientes com LMA.
PASSO 5
Caso você tenha tido alguma experiência com o o venetoclax + azacitidina como paciente, cuidador, responsável ou profissional de saúde, descreva os efeitos positivos e negativos do medicamento.
PASSO 6
Assim que todas as informações estiverem preenchidas, clique em GRAVAR.
Pronto, você já deu sua contribuição!