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Professor universitário começou a doar sangue após câncer do filho e incentiva o ato: ‘dá um significado para a vida’

Sérgio Brazil Júnior é doador há sete anos e diz que o ato deu um novo significado à sua vida. Neste 25 de novembro, é comemorado o Dia Nacional do Doador de Sangue, e a prática se torna ainda mais necessária com a proximidade das festas de fim de ano e férias

‘Antes de eu me tornar doador de sangue, eu tinha alguns medos. Tanto do tamanho da agulha, porque é uma agulha relativamente grossa, tinha medo também de ter alguma doença séria e passar para outras pessoas. Isso me impedia muito. Mas esses medos todos sumiram’

O relato é do professor universitário Sérgio Brazil Júnior, de 53 anos. Uma emergência familiar o levou a se tornar doador de sangue em 2016, e, desde então, ele não parou mais porque viu que o simples gesto pode ajudar a salvar muitas vidas.

Tudo começou quando o filho mais novo, Samuel, foi diagnosticado com leucemia linfóide aguda quando tinha quatro anos. Com o problema de saúde do filho, Júnior superou os receios.

‘Naquele momento, ele precisava muito de sangue e me disponibilizei, porque a gente faz tudo pelos filhos. Então, comecei a doar sangue naquele momento. O motivo foi exatamente esse. E, desde então, eu doou sangue regularmente. Sangue, seus componentes, e agora, recentemente, eu também me tornei doador de plaquetas, que é um procedimento no qual você fica algum tempo numa máquina, e ajuda muito as pessoas, principalmente as criancinhas’, conta.

Samuel venceu a doença e se recuperou, foi assim que Júnior viu que poderia ajudar outras pessoas a lutar por saúde. Com isso, o professor diz que o ato deu um novo significado à sua vida, e que se sente renovado a cada nova doação que faz.

‘O teu organismo renova, o teu sangue renova, você se sente muito bem, tanto fisicamente quanto psicologicamente. Porque você ajuda pessoas, isso te dá uma paz, te dá um significado para a vida. Poxa, eu estou aqui, não é em vão, eu tenho que ajudar. Encontrei uma forma de ajudar as pessoas através da doação de sangue’, acrescenta.

Dia Nacional do Doador de Sangue

No dia 25 de novembro é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue. O objetivo da data é chamar atenção para a importância do ato e conscientizar sobre a necessidade de manter os estoques de hemocentros.

Segundo o Ministério da Saúde, 1,8% da população doa sangue de forma regular, abaixo do índice de 2%, que é o considerado ideal pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

A situação se torna ainda mais delicada com a chegada do período de férias e festas de fim de ano, quando a demanda por transfusões costuma crescer.

Todos os tipos são sempre bem-vindos. Nosso estoque é muito dinâmico, hoje está crítico, amanhã pode estar adequado. Por isso a importância da doação regular, para manter sempre o estoque’, destaca a coordenadora de captação do Hemoacre, Ana Carolina Ramos.

As doações podem ser feitas de segunda a sábado, na sede do Hemoacre, de 7h às 18h, na Avenida Getúlio Vargas, 2787.

O doador precisa estar saudável, bem alimentado, pesar acima de 50 kg, ter dormido bem na noite anterior, não ter ingerido bebida alcoólica, ter entre 16 e 69 anos de idade e apresentar um documento oficial com foto. O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de dois meses para homens e três meses para mulheres.

Pessoas com febre, gripe ou resfriado, diarreia recente, grávidas e mulheres em período de pós-parto não podem doar.

Olhar para o próximo

‘A mensagem que eu tenho é a seguinte: a gente está nesse mundo para ajudar. O rio não bebe sua própria água, a árvore não come do seu próprio fruto. Então a gente tem que olhar para o próximo, ajudando o próximo de qualquer maneira. Encontrei essa maneira de ajudar sempre o meu próximo, as pessoas que precisam, doando sangue. Ajudar sempre o semelhante é muito bom, nos traz uma satisfação. Todo dia pessoas precisam de sangue. Todo dia existem acidentes. Todo dia tem alguém que precisa de plaquetas. Todo dia tem alguém precisando de plasma. Então, se os estoques do Hemoacre estiverem sempre bons, com a quantidade mantida, então, isso é muito importante’, acrescenta o professor.

A mensagem que eu tenho é a seguinte: a gente está nesse mundo para ajudar. O rio não bebe sua própria água, a árvore não come do seu próprio fruto. Então a gente tem que olhar para o próximo, ajudando o próximo de qualquer maneira. Encontrei essa maneira de ajudar sempre o meu próximo, as pessoas que precisam, doando sangue. Ajudar sempre o semelhante é muito bom, nos traz uma satisfação. Todo dia pessoas precisam de sangue. Todo dia existem acidentes. Todo dia tem alguém que precisa de plaquetas. Todo dia tem alguém precisando de plasma. Então, se os estoques do Hemoacre estiverem sempre bons, com a quantidade mantida, então, isso é muito importante’, acrescenta o professor.

Júnior alerta ainda que manter os estoques de sangue pode um dia ser importante para o próprio doador ou pessoas próximas, em caso de eventual necessidade. Aos 53 anos, ele diz que ainda pretende doar por muito tempo.

‘A gente nunca sabe o dia de amanhã. Hoje, eu estou doando, mas amanhã posso precisar também de sangue. Então, a gente tem que fazer esse pouquinho, doar sangue. A gente está colocando sorriso não só na pessoa que está recebendo sangue, mas também em seus familiares. A vida da gente é a coisa mais importante. Eu quero doar até os 69 anos’, finaliza.

 

Fonte: G1.Globo

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