No dia 6 de novembro aconteceu, no Rio de Janeiro, a nona edição do Fórum…
Luz do Sol age sobre atividade de células T no corpo
RIO – Os benefícios trazidos pela luz do Sol sobre o corpo humano podem ir muito além da produção da vitamina D. Cientistas da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, descobriram que os raios solares também estimulam a circulação das células T, cuja atuação tem papel central na imunidade humana.
Especificamente, o estudo publicado ontem pela revista “Scientific Reports” mostra que baixos índices da luz azul presente nos raios solares fazem estas células se moverem mais rapidamente. Com este recurso, a pele, que é o maior órgão do corpo, fica em estado de alerta contra vários micróbios que podem se instalar sobre a sua superfície. É a primeira vez que cientistas identificam uma interferência direta do sol sobre células humanas.
— As células T precisam se mover para fazer seu trabalho, que é chegar ao local de uma infecção e orquestrar uma resposta — explica o pesquisador sênior do estudo, Gerard Ahern, professor do Departamento de Farmacologia e Fisiologia de Georgetown. — Este estudo mostra como a luz solar ativa diretamente as células-chave do sistema imunológico, aumentando o seu movimento.
EXPOSIÇÃO MENOS NOCIVA
Ahern frisa que já se sabia que a luz solar faz a síntese de vitamina D no organismo, o que também tem impacto sobre a imunidade, entre outros benefícios. Mas o que foi descoberto agora é uma interferência totalmente direta da luz solar sobre a proteção do organismo. Com isso, a pesquisa levanta a hipótese de que alguns dos papéis historicamente atribuídos à vitamina D em relação a isso podem, na verdade, ter a ver com este mecanismo.
De quebra, a descoberta traz uma boa notícia. Enquanto a produção de vitamina D requer a exposição a raios ultra violeta, que podem causar câncer de pele e melanoma, a luz azul tanto vinda do sol quanto de lâmpadas especiais é mais segura.
Embora as células T utilizadas no laboratório não tenham sido necessariamente extraídas da pele de pessoas — os cientistas usaram materiais coletados em ratos e no sangue humano —, a pele humana tem aproximadamente o dobro de células T em comparação com a disponibilidade no sangue.
— Sabemos que a luz azul pode atingir a derme, a segunda camada da pele, e que as células T podem se mover em todo o corpo — comenta Ahern.
Fonte: Site | O Globo