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Observatório de Oncologia traça panorama dos diagnósticos de linfoma e mortalidade pela doença no SUS

O estudo avaliou a população brasileira diagnosticada com linfomas e tratada no âmbito do SUS entre 2010 e 2020 e, também, descreveu os registros de mortalidade entre 2010 e 2019

Um levantamento realizado pelo Observatório de Oncologia evidencia que o diagnóstico precoce é uma ferramenta fundamental para o controle dos linfomas, tipos de tumores que ocorrem no sistema linfático. Descobrir e tratar a doença mais cedo garante melhores desfechos clínicos, além de diminuir os gastos com tratamento no país.

O estudo, realizado a partir de dados abertos do Ministério da Saúde, avaliou a população brasileira diagnosticada com linfomas e tratada no âmbito do SUS entre 2010 e 2020 e, também, descreveu os registros de mortalidade entre 2010 e 2019.

Os resultados mostram claramente que medidas efetivas devem ser tomadas imediatamente para garantir o acesso ao diagnóstico precoce em Oncologia. No caso de portadores de linfoma não-Hodgkin (LNH), tipo de câncer sanguíneo, o estudo revela um maior porcentual de pacientes diagnosticados tardiamente. Também precisamos acelerar o início do tratamento adequado aos pacientes com linfomas, visto que esse é um aspecto essencial para possibilidade de melhor prognóstico e sobrevida, melhor qualidade de vida e controle do câncer’, alerta a CEO da Abrale – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, a médica sanitarista Catherine Moura.

A pesquisa do Observatório de Oncologia identificou 91.468 casos de linfomas entre 2010 e 2020 que realizaram 721.096 procedimentos de alta complexidade em ambulatórios do Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos pacientes (55%) eram do sexo masculino, portadores de Linfoma não-Hodgkin (74%), com média de 49 anos, sendo a faixa etária de 60 a 69 anos a mais comum (19%). Grande parte (94%) realizou o tratamento com quimioterapia e 6% fez radioterapia.

Ao considerar aqueles pacientes com registros válidos, a maior parte dos pacientes (55%) foi diagnosticado em estágios 0, I e II, com diagnóstico mais precoce em pacientes portadores de linfoma de Hodgkin (60%) do que pacientes portadores de linfoma não-Hodgkin (53%). A demora no diagnóstico torna o tratamento de linfomas mais caro para o SUS. Para pacientes diagnosticados em estádios avançados (III e IV), o gasto médio é 34% superior quando comparado com pacientes diagnosticados precocemente. Em todo o período, o gasto médio por paciente foi de R$11.118,45 e entre os anos de 2011 e 2014, o valor por paciente foi superior à média do período.

Quase a totalidade (97%) dos pacientes fez o tratamento em seu estado de residência, porém a maioria deles (57%) realizou o tratamento fora do seu município. O estado de São Paulo concentrou 25% dos pacientes, seguido por Minas Gerais (10%) e Rio Grande do Norte (10%).

Mortalidade

Entre os anos de 2010 e 2019 foram registrados 48.839 óbitos por linfomas, com média de 4.884 óbitos ao ano. Em todo o período, o ano de 2019 apresentou o maior número de óbitos por linfomas (5.455), o que representou um aumento de 26,8% se comparado ao início do período. A maioria dos óbitos ocorreu no sexo masculino (55%), com mediana de 64 anos de idade.

O Estado de São Paulo registrou o maior número de óbitos por linfomas no período. Entretanto, ao analisar a taxa bruta de mortalidade por linfomas, o estado do Rio Grande do Norte apresentou a maior taxa do país com 14,1 mortes por linfomas a cada 100 mil habitantes. Outros seis estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Distrito Federal, Paraná e Mato Grosso do Sul) apresentaram taxas superiores à do Brasil.

Linfoma no Brasil

Divididos entre linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH), esses tumores de sangue apresentam comportamentos, sinais e graus de agressividade diferentes. Entre os sintomas, estão nódulos no pescoço, na região axilar ou virilha, febre, suor profundo à noite e perda de peso.

Os linfomas aparecem quando os linfócitos e seus precursores que moram no sistema linfático, e que deveriam nos proteger contra as bactérias, vírus, dentre outros perigos, se transformam em malignos, crescendo de forma descontrolada e ‘contaminando’ o sistema linfático.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), são esperados mais de 12 mil novos casos de LNH para o Brasil neste ano. Já para LH, devem ser registrados 2.640 casos em 2022.

Os dados completos do estudo do Observatório de Oncologia estão no link https://observatoriodeoncologia.com.br/panorama-do-diagnostico-de-linfomas-nos-pacientes-do-sus-analise-de-dados-abertos-para-o-planejamento-estrategico-da-saude/

 

Fonte: Segs

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