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Fabiana Justus celebra que medula ‘pegou’ após transplante; entenda o que isso significa

Influencer comemorou o sucesso do transplante de medula, realizado no final de março

A influenciadora Fabiana Justus, de 37 anos, celebrou nesta terça-feira (9) o sucesso do transplante de medula, realizado no fim de março. Ela trata Leucemia Mieloide Aguda, descoberta em janeiro.

“Meu renascimento. Minha medula nova pegou”, escreveu a filha do empresário Roberto Justus, de 68, em uma publicação no Instagram. “Sei que o transplante não acaba quando ele termina, que ainda tenho um caminho de cuidados pela frente, mas hoje eu estou comemorando meu novo aniversário. Minha nova chance na vida. E prometo viver com ainda mais gratidão e ainda mais amor do que eu já tinha”, declarou.

O que é a ‘pega’?

Segundo o onco-hematologista Breno Gusmão, integrante do Comitê Médico da Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), a “pega” é recuperação da medula no organismo do transplantado.

“A ‘pega’ é a forma coloquial de se chamar a enxertia, ou seja, quando a medula encontra o seu microambiente e começa a reproduzir de forma normal. Determinamos a ‘pega’ quando vemos no hemograma a cifra de 500 neutrófilos por dois dias consecutivos, dois exames consecutivos”, explica o especialista.

Tempo de “pega”

Segundo o médico, o tempo de “pega” pode variar de acordo com o tipo de transplante e o tratamento de quimioterapia recebido previamente para preparar a medula. “No transplante autólogo, ou seja, do mesmo paciente, a medula consegue enxertar mais rápido; no transplante alogênico, geralmente como o paciente passa por um tratamento mais agressivo, demora um pouco mais para começar a produzir e enxertar a medula”, afirma.

Ele detalha como ocorre a “pega” no organismo do paciente. “A quimioterapia de condicionamento, a quimioterapia prévia [ao transplante], elimina restos de doença que possam estar na medula e prepara o terreno para receber uma nova medula. Essa quimioterapia destrói a medula existente, a prévia [com a doença], e prepara o organismo para receber a nova”, explica.

“Então existe um período em que o paciente ainda tem a medula [dele] funcionando, mas já recebeu a nova. Depois ele passa pelo período em que nenhuma das duas medulas estão funcionando, que é quando no hemograma vemos que os leucócitos estão a zero, por exemplo. Às vezes, o paciente ainda precisa de transfusões de sangue e de plaquetas. E depois começam a subir os níveis de neutrófilos, de hemoglobina, de plaquetas no hemograma, mostrando justamente o surgimento, a fabricação da nova medula”, acrescenta.

Existe risco de rejeição?

O médico esclarece que, depois que a medula “pega”, não significa que o transplante acabou. “Sempre falamos para o paciente: ‘o transplante não termina após a pega’. Porque ainda há possibilidades de intercorrências, de infecções, principalmente nos transplantes alogênicos”, afirma.

As intercorrências vão desde infecções e questões com imunossupressores, mas também problemas de rejeição. “O transplante é uma jornada longa, que tem a fase aguda, que é a da quimioterapia, e do recebimento da nova medula, e uma fase mais crônica, em que pode haver agudizações por conta de intercorrências, e, por isso, requer um cuidado a longo prazo”, explica.

Fonte: Revista Quem

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