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Fotos de menina durante e após tratamento contra leucemia encanta: “Tempo é aliado”

A gaúchinha Antonella foi diagnosticada com leucemia linfoide aguda aos 5 anos. Foram dois anos e meio de batalha até ser considerada livre da doença. Agora, a mãe compartilhou fotos da filha durante e após o tratamento para comemorar a nova fase: “Toda tempestade passa”, disse a policial militar Sheila Machado

“Aos que chegaram há pouco no instagram da Antonella (@antonellamptonton), essas três fotos são simbólicas e marcaram fases de resiliência e força. A primeira foto foi realizada meses antes do diagnóstico, em 2020; a segunda foto mostra o primeiro ano de luta e força; e a última foto representa a promessa que foi cumprida, o milagre, a alegria e a fé”, escreveu a policial militar Sheila Machado (@sheilabiaa), mãe da Antonella, na legenda da postagem.

Ela, que é de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, continuou: “Eu sempre falo para mim diariamente que toda dor passa. Toda tempestade passa. E se cada dia estivermos mais conectados com Deus, se torna leve o processo. Somente Ele sabe as respostas para as nossas perguntas. Milagres existem e sou grata pela benção que minha filha é”, continou. “O tempo é nosso aliado, não há dor que dure. Confie no processo. Confie em Deus. Busque a fé. Priorize sua felicidade. Seja grato pelas pequenas e grandes coisas que acontecem. E essas fotos representam que o tempo é a forma que Deus nos deu para que possamos confiar Nele”, completou.

Os dois últimos anos foi de luta para a pequena. Primeiro, até finalmente chegar ao diagnóstico. Depois, o tratamento até ser considerada livre da doença. A batalha de Antonella contra a leucemia linfoide aguda (LLA) começou aos 5 anos, depois de semanas chorando de dor no corpo. “Eu chorava escondida no quarto. Doeu mais em mim do que nela”, disse a mãe, sobre ver a filha perdendo peso e passando pela queda de cabelo.

Em uma nova entrevista à CRESCER, Sheila contou que a filha, agora com 8 anos, apesar de estar oficialmente livre da doença, continua fazendo acompanhamento médico a cada dois meses. “As fotos foram feitas para quando ela crescer e passar por dificuldades da vida – afinal, a vida é cheia de provações e aprendizados. Para que quando ela passar por momentos não tão belos, possa olhar para sua trajetória de luta e encarar cada passo e cada momento como uma vitória. Para que ela sinta o quanto é forte e tem um poder divino dentro dela”, disse a mãe.

Sheila admitiu que sua preocupação, na época, era que a filha não sentisse o impacto da mudança física. “Queria que ela se sentisse bela e não doente, pois somos visuais. Não é uma questão de induzir à vaidade e, sim, de fazer ela entender que há transformações no nosso físico, mas que podemos ver beleza nele”, explicou. Durante o tratamento, a mãe incentivou a menina a fazer ensaios fotográficos. “Eu perguntava sempre se ela estava à vontade para realizar as fotografias, e ela adorava, se vestia de princesa. Eu sempre soube que ela iria se curar e queria registrar para o futuro”, afirmou.

Hoje, eu poderia escrever um livro falando sobre o impacto e a mudança interna que essa experiência nos trouxe. Antonella nitidamente amadureceu muito. Ela sabe o que é sentir dor, medo, angústia, sentimentos ruins – e isso não é bom para uma criança. Ao mesmo tempo, ela foi muito paparicada e, agora, tentar voltar ao ‘normal’ tem sido desafiador. O pai dela e eu nos separamos e, com isso, veio mais um desafio, mas o acompanhamento psicológico tem sido fundamental”, disse. “Mas Antonella é uma criança amorosa, amável, empática, inteligente e muito comunicativa, além de muito forte. Ela sabe que foi Deus quem a curou, então o impacto mais profundo dessa nossa experiência foi a nossa fé”, finalizou.

Em 2023, Sheila contou à CRESCER a história completa de Antonella – dos primeiros sintomas, passando pelo diagnóstico, tratamento e a última quimioterapia. Confira clicando aqui.

A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma doença que acontece na medula óssea e ataca a produção de glóbulos brancos (leucócitos). Ela aparece quando essas células começam a se multiplicar muito rápido e de forma desordenada. “Numa fase inicial, os sintomas são inespecíficos e comuns, como febre e falta de apetite, que podem ocorrem em várias doenças. Então, é normal que a família e o pediatra não pensem logo de cara em leucemia. Por isso, qualquer sintoma, por menor que seja, precisa ser um sinal de alerta para acompanhar e, se for o caso, fazer outros exames”, explica Cecília Costa, oncologista pediátrica do A.C. Camargo Cancer Center (SP).

O diagnóstico precoce é fundamental para aliviar o tratamento, que é longo, durando cerca de dois anos, e agressivo. Segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), as chances de cura são de 80% a 90%. “A LLA é o tipo de câncer mais comum na infância, mas ainda assim é uma doença considerada rara: não são esperados mais do que 9 mil casos por ano. A boa notícia é que, em idade pediátrica, a doença tem uma evolução muito melhor do que em adultos”, diz o oncopediatra Vicente Odone, diretor do ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (SP).

 

Fonte: Crescer Online

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