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‘Junho Vermelho’: campanha usa grafite para chamar atenção sobre doação de sangue
Movimento é organizado pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia e Associação Brasileira de Talassemia
Os bancos de sangue de todo o Brasil costumam apresentar uma defasagem no período de inverno. Com a pandemia de covid-19, em que as pessoas estão com receio de se contaminar ao sair de casa, esse cenário é ainda mais desafiador. Por isso, a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e a Associação Brasileira de Talassemia (Abrasta) decidiram dar mais visibilidade para a campanha “Junho Vermelho” com uso de grafite. Desde maio, as entidades promovem a campanha “A pandemia parou o mundo. Mas a esperança não pode parar. Doe Sangue. Salve Vidas!”, para incentivar a doação.
A obra foi realizada em um muro da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, localizado no canteiro central, entre as pistas expressa e local da Marginal do Pinheiros, na zona oeste da capital paulista.
O grafite pode ser visto por quem passar pelo corredor que integra a Linha 4-Amarela com a Linha 9-Esmeralda, além dos motoristas que circularem pela via. “Apoiamos iniciativas comprometidas com o bem-estar de toda população, como essa campanha, tão fundamental neste momento delicado de pandemia que estamos atravessando”, afirma Juliana Alcides, gerente de comunicação e sustentabilidade da ViaQuatro. O grafite é do artista Tito Ferrara e tem uma área total de 73,83 m².
Em 2020, por causa do novo coronavírus, houve queda de aproximadamente 20% no número de doações de sangue.
“A reposição frequente dos estoques é necessária para tratar anemias crônicas, nos procedimentos de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves. Queremos mostrar a segurança do procedimento e que há milhares de pacientes que necessitam deste ato de amor”, explica a presidente da Abrale, Merula Steagall.
A campanha já conta com 10 estados parceiros; com 70 postos de coleta mapeados; apoio da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular); das empresas ligadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) – EMTU, CPTM, Metrô, ViaQuatro, ViaMobilidade, 99 e Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ).
Os locais de doação estão preparados e higienizados para receber o público. Com as restrições da pandemia, há esquemas especiais para evitar aglomerações.
Para a doação, é necessário ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos. Para menores de 18 anos, é necessário o consentimento dos responsáveis. O modelo estará disponível no hemocentro.
A pessoa também precisa pesar mais de 50kg e levar um documento de identidade original, com foto recente. É recomendado ligar no hemocentro ou ponto de coleta mais próximo e agendar um melhor horário, para evitar aglomerações.
“Quem teve a doença (covid-19) pode doar sangue depois de 30 dias da cura”, afirma a hematologista Sandra Loggetto, integrante do Comitê Médico da Abrasta. Algumas situações também impedem que as pessoas estejam definitivamente aptas a doar.
“Quem teve hepatite depois dos 11 anos, ou aquelas pessoas que têm alguma doença transmitida pelo sangue, como hepatites B e C, HIV, doença de Chagas, doenças causadas pelos vírus HTLV 1 e 2, quem tem malária ou utiliza drogas ilícitas estão impedidas de doar”, acrescenta.
O presidente da Abrasta, Eduardo Fróes, reforça que a doação é segura e qualquer pessoa, um dia, pode precisar de uma transfusão. “Segundo a OMS, o Brasil está abaixo do número de doadores ideal para um sistema de doação saudável”, destaca.
As informações completas da ação, e sobre a doação de sangue, podem ser vistas no site da campanha. (https://www.abrasta.org.br).
Fonte: IstoÉ