Fortalecimento da Conitec é visto com preocupação após decisão do STF sobre judicialização da saúde.…
Mãe percebe hematomas nos braços e pernas do filho, após levá-lo à emergência, e descobre que ele tem câncer
Rhiannon achou estranho quando o filho de 2 anos, Wyatt, acordou com manchas espalhadas pelo corpo. Ela o levou ao hospital e, depois de realizar exames de sangue, recebeu o diagnóstico de leucemia linfoide aguda
Rhiannon, a mãe do garotinho, relatou ao portal local StokeonTrentLive que percebeu os machucados no pescoço, braços e pernas do filho no último dia 12 de julho. Ela ficou assustada e preferiu ligar para os serviços de emergência. Ela, então, foi orientada a esperar uma ambulância para ser encaminhada a um hospital. Ela esperou por duas horas até que o veículo chegasse e, como isso não aconteceu, levou o filho para a emergência por conta própria. ‘Eu sabia que isso não estava certo’, afirmou. ‘Ele estava muito deprimido e não queria brincar, o que é muito incomum’, acrescentou Rhiannon.
No hospital, o garotinho fez alguns exames de sangue e, quando os resultados chegaram, a mãe entrou em pânico. ‘Eu estava prestes a dormir às 00h30 quando um médico e uma enfermeira vieram me ver e me disseram que Wyatt tinha leucemia. Fiquei chocada e não consegui dizer nenhuma palavra. Eu não conseguia nem chorar porque estava em choque’, desabafou Rhiannon. Ela também contou que rezou para que os médicos tivessem errado o diagnóstico do filho.
Desde que chegou ao hospital, Wyatt já passou por uma transfusão de sangue e por um cirurgia para extrair um pedaço da medula óssea e, assim, poder determinar o tipo de leucemia que ele tem. Ele também precisou ser transferido de hospital, que é longe de onde mora, para iniciar o tratamento contra a doença. Ele deve começar a quimioterapia na próxima semana. ‘Dependendo de como ele reagir à quimioterapia, espero que possamos voltar ao nosso hospital em Stoke-on-Trent, o que será um pouco mais fácil. Vai ser um caminho muito difícil, com muitas viagens ao hospital’, disse a mãe do menino.
Rhiannon não saiu do lado do filho durante a semana em que ele ficou internado, mas Sam, o pai, precisou fazer diversas viagens para poder cuidar dos outros filhos do casal. ‘Meu filho mais velho não está aceitando isso bem. Ele entende que Wyatt está muito mal e está sofrendo por eu não estar em casa’, contou.
A mãe disse, ainda, que precisou largar o emprego para poder acompanhar o filho durante o tratamento. De acordo com Rhiannon, a renda total da família vai ficar £1,2 mil menor todos os meses por conta disso. Para ajudá-los, Kirsty Copeland, uma amiga próxima, decidiu criar uma ‘vaquinha’ virtual.
Kirsty espera que eles consigam arrecadar fundos para ajudar a família com quaisquer despesas que possam precisar durante o período em que Rhiannon estará desempregada. ‘Estou surpresa e não posso acreditar em quão rápido todo mundo tem nos ajudado. Todo mundo tem nos dado muito apoio. Não tenho palavras para expressar a gratidão que tenho por todos que se uniram. Isso realmente me deixa emocionada’, reagiu a mãe.
O que é Leucemia Linfoide Aguda?
A Leucemia Linfoide Aguda (LLA) é um tipo de câncer que acontece na medula óssea e impacta a produção de glóbulos brancos (linfócitos). A condição surge quando a célula sofre uma alteração genética e se multiplica de forma desordenada no organismo. De acordo com Cecília Costa, líder do Centro de Referência de Tumores Pediátricos do A.C. Camargo Cancer Center (SP), a LLA pode ser difícil de ser diagnosticada em um estágio inicial já que os principais sintomas que a caracterizam podem ser facilmente confundidos com o de outras doenças da infância.
Numa fase inicial, os sintomas são inespecíficos e comuns, como febre e falta de apetite, que podem ocorrem em várias doenças. Então, é normal que a família e o pediatra não pensem logo de cara em leucemia. Por isso, qualquer sintoma, por menor que seja, precisa ser um sinal de alerta para acompanhar e, se for o caso, fazer outros exames’, alerta a médica.
O tratamento para a LLA costuma ser longo, e é bastante agressivo. Apesar disso, segundo a Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE), as chances de cura são de 80% a 90%. O oncopediatra Vicente Odone, diretor do ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (SP), ainda destaca que, embora o LLA seja o tipo de câncer mais comum na infância, ele ainda pode ser considerado como uma doença rara.
“A LLA é o tipo de câncer mais comum na infância, mas ainda assim é uma doença considerada rara: não são esperados mais do que 9 mil casos por ano. A boa notícia é que, em idade pediátrica, a doença tem uma evolução muito melhor do que em adultos”, afirma.
Fonte: Crescer Online