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Câncer raro: filho de goleiro da Portuguesa luta contra doença que afeta crianças; entenda o linfoma de Burkitt

A Lusa foi campeã da Série A2 do Campeonato Paulista no último domingo (17), mas quem brilhou na hora de levantar a taça foi Gustavo, filho do goleiro Thomazella. O pequeno de quatro anos luta contra um câncer raro

Gustavo, de apenas quatro anos, foi uma das estrelas na celebração do título da Portuguesa no último domingo (17), que voltou para a Série A do Campeonato Paulista após sete anos. O pequeno é filho do goleiro Thomazella e luta, fora de campo, contra um câncer raro – o linfoma de Burkitt.

O linfoma de Burkitt é um câncer raro que ataca as células e tem alta taxa de duplicação, podendo aumentar rapidamente de tamanho. Ele é um subtipo de linfoma não-Hodgkin que pode aparecer em pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em crianças e jovens adultos (até 25 anos).

Esse linfoma tem um comportamento agressivo e um padrão onde as células tumorais se dividem em uma velocidade muito rápida. O crescimento do tumor é rápido, mas é uma doença que tem uma curabilidade muito boa”, explica o oncohematologista Jayr Schmidt Filho, líder do Centro de Referência de Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo Cancer Center.

Luciana Tucunduva, médica hematologista do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, explica que o Burkitt não tem uma causa direta. “É um erro nas células quando estão sendo produzidas. Ele é agressivo, se desenvolve rápido, mas com chance de cura muito alta”.

Tipos de linfoma de Burkitt

Na classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem três tipos:

  • Endêmico: mais comum na África.
  • Esporádico: aparece do nada e não está relacionado a nenhuma alteração genética, alteração hereditária ou infecção.
  • Associado à imunodeficiência: mais comum em pessoas com problemas de imunidade. “Pode ocorrer em pacientes transplantados e que precisam tomar imunossupressores ou pacientes com HIV”, diz a médica hematologista.

Os sintomas mais comuns deste tipo de câncer são:

  • Ínguas no pescoço, axilas e/ou virilha
  • Febre
  • Suor excessivo à noite
  • Perda de peso sem causa aparente

“Além do tamanho dos linfonodos, temos também os sintomas chamados de ‘B’: febre mais para o final do dia, que não passa de 39 e que não está associada a nenhuma infecção; sudorese à noite, chamada de paradoxal, que não tem relação com o clima e é desproporcional; e uma perda de peso de mais de 10% do peso habitual sem intenção, ou seja, a pessoa não fez dieta, não parou de comer – é uma perda de peso sem causa explicável”, exemplifica Jayr Schmidt Filho.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é fundamental para o tratamento desse tipo de linfoma. Depois do aparecimento dos sintomas, uma biópsia deve ser feita na área do tumor. O tratamento é a quimioterapia.

“O tratamento leva doses altas de quimioterapia por um período curto, se compararmos com outros tipos e subtipos de linfoma. Normalmente a quimioterapia é mais tensa, mas em um intervalo mais curto também”, diz o oncohematologista.

Burkitt tem cura?

Schmidt explica que a cura depende de algumas variáveis, como o estadiamento da doença e a idade do paciente – crianças e adultos jovens têm mais êxito no tratamento.

Apesar de ser um câncer agressivo, o linfoma de Burkitt tem uma chance de cura muita alta, diz Luciana Tucunduva.

No caso de Gustavinho, a expectativa é de que em julho a doença seja totalmente controlada.

 

Fonte: G1.Globo

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