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Zanubrutinibe para o tratamento de pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica é discutido na 33ª Reunião Técnica da COSAÚDE
A 33ª Reunião Técnica promovida pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, ocorrida no último dia 25 de setembro, discutiu as propostas de incorporação das seguintes tecnologias:
- UAT 139 – Zanubrutinibe: indicação para tratamento em segunda linha de pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) recidivada ou refratária.
- UAT 140 – Zanubrutinibe: indicação para tratamento de pacientes adultos com leucemia linfocítica crônica (LLC) ou linfoma linfocítico de células pequenas (LLCP) que não receberam tratamento anterior.
Luana Lima, gerente de Políticas Públicas e Advocacy da Abrale e Abrasta e membro da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar (Cosaúde), endossou a fala e o voto pela incorporação dessas tecnologias, reforçando a importância da participação social e a necessidade de trazer a perspectiva do paciente para debates dessa natureza.
Na reunião técnica que discutiu a tecnologia zanubrutinibe, a Abrale, representada pela coordenadora de pesquisa Nina Melo, fez uma apresentação cujo objetivo foi detalhar a jornada do paciente com LLC, evidenciando os desafios enfrentados por aqueles em tratamento. A contribuição de Nina foi fundamental para que os membros da COSAÚDE entendessem a realidade e os obstáculos que os pacientes enfrentam, reforçando a necessidade de incorporar o medicamento como alternativa terapêutica.
De acordo com os dados apresentados, a maioria dos pacientes com LLC está em regime de politerapia e convive com a doença há aproximadamente uma década. Ela também destacou que 30% dos pacientes já se encontram em terceira linha ou mais de tratamento, demonstrando a necessidade urgente de opções terapêuticas eficazes para esses casos que não respondem aos tratamentos anteriores.
A LLC é um tipo de câncer que afeta os linfócitos, um tipo de glóbulo branco, sendo a forma mais comum de leucemia em adultos. A convivência prolongada com a doença muitas vezes resulta em impactos significativos na qualidade de vida, incluindo limitações em atividades diárias e profissionais.
O zanubrutinibe pode ser eficaz em proporcionar uma vida livre de progressão da doença para os pacientes com LLC, possibilitando bem-estar ao longo da jornada terapêutica. Além disso, a incorporação deste medicamento pode trazer economias significativas para o sistema de saúde a longo prazo. Pacientes que recebem tratamentos mais eficazes têm menor probabilidade de necessitar de hospitalizações frequentes, tratamentos adicionais ou procedimentos invasivos, o que contribui para a redução dos custos gerais do tratamento da doença.
A disponibilidade de tratamentos como o zanubrutinibe representa, portanto, uma esperança para os pacientes, além de um avanço importante na gestão da doença. A importância da incorporação de novos tratamentos é reforçada pela necessidade de garantir que pacientes que não respondem às terapias convencionais tenham alternativas eficazes, que permitam não apenas o controle da LLC, mas também uma redução do ônus financeiro para o sistema de saúde.
A maioria dos membros da COSAÚDE deu parecer favorável à incorporação. O próximo passo será a abertura de consulta pública para que a sociedade civil possa participar e dar sua contribuição.